Ginecologista Amauri Bilieri está impedido de exercer a medicina e deverá usar tornozeleira eletrônica


Por Luiza Rampelotti Publicado 22/06/2022 às 13h05 Atualizado 17/02/2024 às 11h06

Desde o início de maio, o JB Litoral tem noticiado, com exclusividade, as denúncias realizadas por mulheres, possíveis vítimas de importunação sexual cometida pelo médico ginecologista Amauri Bilieri, em seu consultório particular, em Paranaguá. De lá para cá, já foram realizados cerca de 10 Boletins de Ocorrência contra o profissional, sendo que nove se tornaram inquérito de investigação policial, de acordo com a Polícia Civil.

Como resultado prévio da investigação conduzida pela Polícia Civil, na manhã desta quarta-feira (22), foi realizada a operação “Dignitas” (dignidade, em latim) com o objetivo de dar cumprimento a dois mandados de busca e apreensão e um de monitoração eletrônica contra o médico.

De acordo com o delegado Nilson Diniz, a PC pediu a prisão de Amauri por, em tese, ter praticado diversos crimes contra a dignidade sexual das pacientes. O Ministério Público do Paraná (MPPR) também acatou a deliberação, porém, a decisão judicial determinou medidas cautelares menos restritivas no decorrer do andamento da investigação.

Sendo assim, a partir de agora, Amauri Bilieri está proibido de ausentar-se do país, de sair às ruas no período noturno, de exercer a medicina e ter contato com as vítimas. Além disso, teve suspensa a inscrição médica e deverá usar tornozeleira eletrônica. O prazo das medidas é de 90 dias e poderá ser prorrogado.

As buscas foram realizadas na residência do médico e na clínica onde realizava os atendimentos, objeto das investigações. “Destaca-se que nove pacientes foram ouvidas na sede da 1ª Subdivisão Policial, onde afirmaram terem sido vítimas de abusos durante os atendimentos médicos”, diz o delegado.

Acompanhe mais informações sobre o caso na edição impressa do JB Litoral, nas bancas de todas as cidades da região litorânea na segunda-feira (27).

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