Gripe H3N2 causa aumento de pacientes nos hospitais do litoral. Prevenção é igual à Covid-19


Por Publicado 30/12/2021 Atualizado 16/02/2024

As cidades do litoral vêm enfrentando um aumento considerável de infecções pela gripe H3N2, uma outra linhagem do vírus tradicional e que tem causado aumento nos atendimentos nos postos de saúde dos municípios.

O prefeito de Paranaguá, Marcelo Roque (PODEMOS), chegou a informar que haveria maior contingente de funcionários da saúde na cidade para atender as demandas no hospital de campanha. “Devido à nova variante em circulação do vírus Influenza, os serviços de saúde estão sofrendo aumento nos atendimentos. Desta forma, determinei que seja reforçado o fluxo do hospital de campanha da nossa cidade para assistência às síndromes respiratórias. Peço à população que mantenha os cuidados, como uso de máscara e álcool em gel“, disse o gestor na sua rede social.

A situação também se agravou em Guaratuba, explica o secretário de Saúde, Gabriel Modesto. “Recebemos um alerta da Secretaria de Estado da Saúde sobre a circulação do vírus Influenza A (H3N2), inclusive com casos confirmados em nossa região, onde recebemos reforços nas orientações e no estoque do medicamento indicado para o tratamento”, explica.

De acordo com o chefe da saúde da cidade do Morro do Cristo, os cidadãos devem ficar atentos a sintomas gripais como febre, dor de garganta, calafrios, dor de cabeça, tosse, coriza, dores no corpo, fadiga, vômitos e diarreia. Caso sinta tais condições, o turista, ou morador do litoral, deve procurar assistência médica para avaliação. “A influenza pode evoluir para sintomas graves e deve ser tratada o quanto antes, principalmente para as pessoas com fatores de risco, cuja possibilidade de agravamento é maior, ou seja, crianças dentre 6 meses e menores de 5 anos, idosos acima de 60 anos, gestantes ou puérperas, pessoas com problemas respiratórios, com obesidade, imunodeprimidas ou outras comorbidades”, ressalta Gabriel Modesto.

Para Alcendino Ferreira Barbosa, o Thuca da Saúde, secretário de Saúde de Guaraqueçaba, o vírus não é novo, já que foi identificado em 1968, mas teve um pico neste final de ano. “Essa gripe tem sintomas parecidos com a Covid-19. A transmissão também é muito igual. O quadro clínico nos adultos varia, já nas crianças pode fazer parte de quadros de bronquite e dores gastrointestinais, por exemplo. É importante ficar atento aos sintomas”, diz.

Vacinar é a melhor prevenção

A vacina disponível no Sistema Único de Saúde ainda não atende o subtipo da H3N2, mas pode ser útil principalmente na diminuição de casos que precisam de acompanhamento hospitalar, desafogando os sistemas de saúde.

A vacina é segura e é uma das medidas mais eficientes para evitar casos graves e óbitos. Ela produz uma maior imunidade e cria anticorpos. O imunizante protege contra a influenza A e B e pode sim ser aplicado junto com a da Covid-19. Imunização é nossa maior arma para garantir que não haja superlotação nas unidades e também para dar menos gravidade em quem contrair a infecção. Mas, é sempre importante ressaltar que se deve manter o distanciamento, higienizar as mãos e usar máscara. Essas, sem dúvidas, são medidas imprescindíveis”, diz o chefe da Saúde de Guaraqueçaba.

A posição é corroborada pelo gestor guaratubano, que ressalta ser importante manter cuidados básicos e que cabe às pessoas se proteger de um vírus que é infeccioso e facilmente transmissível. “A população tem um papel importante nesse momento, devendo estar atenta ao comportamento preventivo, como o uso da máscara, frequente higienização das mãos, principalmente antes de tocar nariz, olho e boca, evitar compartilhar objetos com outras pessoas, como copos e talheres, evitar ambientes pouco ventilados ou manter-se em aglomerações, evitar contato com pessoas gripadas e isolar-se em caso de surgimento de sintomas, procurando auxílio médico”, diz Modesto, que também ressalta haver vacinas disponíveis para quem quer se proteger contra o vírus tradicional da gripe. “O público que não se vacinou contra a gripe também deve procurar sua Unidade Básica de Saúde e colocar seu esquema vacinal em dia, pois ela é um importante meio de controle da influenza”, conclui.