Guaratuba conta com nova especialidade médica: endocrinologia pediátrica


Por Redação JB Litoral Publicado 04/03/2020 Atualizado 15/02/2024

Desde o mês passado, o Centro de Especialidades do Nereidas, em Guaratuba, está oferecendo mais uma importante especialidade médica. A prefeitura contratou uma endocrinologista pediatra, a médica Adriana Baduy Zanchet. Somente no primeiro dia de atendimento, já havia 14 pacientes com hora marcada.

O primeiro deles foi o estudante Guilherme Zorze, de 13 anos. De acordo com sua mãe, Márcia Pereira, há três anos eles aguardavam pela consulta, que dependia da Central de Regulação da Secretaria de Estado da Saúde. 

A endocrinologia pediátrica trata de doenças como diabetes, problemas de crescimento, alterações na puberdade, obesidade e outras. Abrange pacientes de zero a 18 anos de idade. São essas alterações que podem determinar repercussões sobre o crescimento, o desenvolvimento e o metabolismo de um organismo em fase de maturação, devendo ser analisados os aspectos peculiares de cada fase, diferentemente dos adultos que já passaram pelas etapas do crescimento e desenvolvimento.

Drª Adriana trabalha em Curitiba e explica que a oferta de profissionais de sua especialidade na rede pública na Capital não está sendo suficiente para atender a demanda de outras cidades, principalmente do Litoral. Ela conta que escolheu Guaratuba por causa do vínculo que tem com a cidade, onde sua família tem casa de veraneio há 40 anos.

O secretário municipal de Saúde, Gabriel Modesto, que acompanhou os atendimentos, informa que em Guaratuba, os pacientes receberão um atendimento multidisciplinar. Além da consulta com a médica, as pessoas também serão atendidas pela psicóloga do Centro de Especialidades Daiane Sampaio e pela farmacêutica Edilene Vieira Pereira. Ele explica, também, que o agendamento das consultas será feito na Secretaria Municipal de Saúde a partir de encaminhamento médico.

Quando procurar atendimento

Crianças e adolescentes deverão ser avaliados pelo endocrinopediatra, entre outras situações, se:

• Estiverem abaixo da curva de crescimento ou do padrão de altura da família ou, ainda, com baixa velocidade de crescimento, tão logo surja esta preocupação;

• Nasceram com baixo peso, pequenos para a idade gestacional ou prematuros, para avaliação do crescimento e prevenção de doenças metabólicas e alterações hormonais que podem afetar estas crianças;

• Tiverem sinais de desenvolvimento precoce da puberdade, como crescimento das mamas e/ou aparecimento de pelos pubianos, odor axilar, acne – especialmente antes dos 8 anos nas meninas e dos 9 anos nos meninos;

• Tiverem crescimento muito acelerado, ficando muito altos em relação a seus colegas;

• Não apresentarem sinais puberais até os 13 anos nas meninas ou 14 anos nos meninos;

• Tiverem diagnóstico de diabetes mellitus ou alterações do açúcar no sangue (glicemia);

• Tiverem excesso de peso e possíveis complicações como pressão alta, níveis aumentados de colesterol e triglicerídeos e alterações da glicemia;

• Apresentarem cansaço fácil ou hiperatividade ou dificuldades no desempenho escolar e aumento do volume no pescoço (tireoide), especialmente quando há casos de problemas da tireoide na família;

• Fizerem uso contínuo de corticoides ou anticonvulsivantes ou houver história de fraturas frequentes ou deformidades ósseas;

• Apresentarem alterações no teste do pezinho sugestivas de hipotireoidismo congênito (alteração do hormônio estimulante da tireoide – TSH) ou de hiperplasia adrenal congênita (alteração da 17-hidroxiprogesterona – 17-OHP).

Com informações da Prefeitura de Guaratuba e manualdamamae.com.br