Guaratuba investe R$ 37,5 milhões a mais que o valor exigido, na área de saúde


Por Redação JB Litoral Publicado 21/08/2020 Atualizado 15/02/2024


Desde o início da atual gestão, em 2017, até 2019, o Município de Guaratuba aplicou mais de 30% das receitas próprias no setor de saúde – o mínimo exigido constitucionalmente é de 15%. Isso significa que, nos três primeiros anos de administração, foram investidos R$ 37,5 milhões a mais do que o obrigatório. 

Segundo o secretário municipal de Saúde, Gabriel Modesto, todo o investimento é importante para garantir o atendimento integral e em tempo oportuno à população, focando, principalmente, na prevenção, no acompanhamento das condições crônicas, saúde do idoso, da criança e adolescente, da gestante, saúde mental, saúde da mulher e do homem.

Com uma população estimada de 37 mil pessoas, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mais de 70% dos moradores da cidade são atendidos pelos profissionais da Atenção Básica. Os Agentes Comunitários de Saúde mantêm o cadastro de 26.179 pacientes, que são acompanhados pelas Equipes de Saúde da Família (ESF).

Secretário explica que de 2017 a 2019, o Município aplicou mais de 30% da receita na saúde, enquanto que o mínimo exigido é de 15%. Foto: Divulgação/Secretaria Municipal de Saúde

Para atender a demanda, que aumenta consideravelmente durante a temporada de verão, finais de semana, feriados e férias, devido à população flutuante, a cidade possui seis Unidades Básicas de Saúde (UBS) na Zona Urbana, vinculadas a 10 ESF, cada uma com um médico 40 horas; sete postos de saúde na Zona Rural, vinculados a uma ESF; um Hospital Municipal, com equipe médica multidisciplinar 24 horas; um Pronto Socorro Municipal, com três médicos emergencistas por plantão, 24 horas por dia, além de escala para profissionais ortopedistas no atendimento ao trauma; um Centro de Especialidades e o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), com um médico.

Pronto Socorro contabiliza, em média, 56 mil atendimentos por ano

53 médicos para a população

No total, são 53 médicos para atender todos os moradores e os visitantes. Porém, em julho, a cidade só contava com 32 profissionais, após o fim da vigência do Credenciamento de Prestadores de Serviços Médicos de Saúde em Urgência e Emergência nº 004/2019, de julho de 2019.

Por isso, no início do mês passado, a Secretaria Municipal de Saúde realizou o processo de Inexigibilidade nº 04/2020, que empregou, por meio de Credenciamento Público, mais 21 médicos, possibilitando a contratação do serviço dos profissionais por hora/plantão, de acordo com as necessidades. Eles devem garantir a manutenção da escala com a equipe mínima de plantonistas no Pronto Socorro Municipal e Hospital Municipal, pelo período de um ano, com previsão de investimento de mais de R$ 2 milhões (R$ 2.029.830,00).

Especialidades

Além dos 21 médicos contratados pelo Credenciamento Público, realizam o atendimento, ainda, 24 profissionais de carreira do Município, ou seja, concursados; 02 médicos de carreira cedidos – 01 pela União e 01 pelo Estado; e 07 profissionais do Programa Mais Médicos.

Dessa forma, o Serviço Municipal de Saúde possui, atualmente, 04 anestesistas; 01 cardiologista; 13 emergencistas; 01 gastroenterologista; 04 generalistas; 01 ginecologista; 08 obstetras; 02 ortopedistas; 05 pediatras; 02 psiquiatras; 01 radiologista e 11 médicos Saúde da Família.

Há, ainda, cerca de 400 servidores no quadro municipal do setor, que focam no atendimento multidisciplinar da população. São diversos profissionais de nível superior, como: enfermeiros; nutricionistas; fisioterapeutas; cirurgiões dentistas; farmacêuticos; assistentes sociais; psicólogos; terapeutas ocupacionais; além da equipe de técnicos de enfermagem; saúde bucal; radiologia; agentes comunitários de saúde, de endemias e equipes de apoio (motoristas, recepcionistas, serviços gerais). 

Por ano, mais de 138.4 mil consultas, entre procedimentos, são realizadas pelo serviço de Saúde da cidade. De acordo com o secretário Gabriel Modesto, anualmente, há uma média de 70 mil consultas na Atenção Básica; 56 mil atendimentos médicos no Pronto Socorro; 1,3 mil internamentos clínicos, cirúrgicos e pediátricos; 500 partos, entre normais e cesarianos; 01 mil acompanhamentos psiquiátricos no CAPS; e 9,6 mil atendimentos médicos especializados.