Guerra na Ucrânia pode afetar a chegada de fertilizantes nos portos do Paraná


Por Gabriel Santos Publicado 25/02/2022 às 11h34 Atualizado 17/02/2024 às 02h36

Os portos de Antonina e Paranaguá devem sentir os efeitos do conflito no Leste Europeu na balança comercial. Com os russos sendo considerados uns dos maiores exportadores de fertilizantes, é esperado que a chegada do produto diminua a partir das sanções econômicas, segundo a Portos do Paraná e Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas no Estado do Paraná (Sindiadubos).

Um estudo da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos (SAE-PR), publicado no ano de 2020, aponta que 24% dos fertilizantes saíram da Rússia. Em 2018, das 16 milhões de toneladas adquiridas, 33% desembarcaram em Paranaguá.

O diretor-presidente da empresa Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, destaca as consequências do embate. “A preocupação realmente é que, com a guerra, corre-se risco de suspender as atividades portuárias e o comércio com os países, principalmente ocidentais”

De acordo com os dados da balança comercial na 3ª semana de fevereiro, divulgados pelo Ministério da Economia, a importação de fertilizantes registra uma baixa de 68,9% em comparação as outras semanas.

Para o presidente do Sindiadubos, Décio Luiz Gomes, o setor já sofre a proibição da Rússia em exportar o adubo. “A apreensão é quanto os problemas logísticos para escoar esses produtos. A invasão da Rússia à Ucrânia complica ainda mais a situação que já estava delicada com a Belarus, outro importante mercado”, explica.

Conflito geopolítico

A relação entre os países da Rússia e Ucrânia é antiga, por exemplo, a instauração da República da Rússia de Kiev data do século X e passam pela União Soviética (URSS).

A ação do governo de Vladimir Putin em declarar as cidades de Lugansk e Donetsk como territórios independentes é mais um dos episódios recentes do conflito internacional. O território da Criméia foi anexado aos russos, em 2014, após eles invadirem a península.

Com informações da AEN