Invasão em loteamento gera tumulto no Jardim Figueira, em Paranaguá


Por Redação JB Litoral Publicado 10/06/2020 às 10h19 Atualizado 15/02/2024 às 11h02

A questão da invasão num loteamento de densa mata nativa no Jardim Figueira está longe de ser resolvida. Nos últimos dois dias, moradores da região e de outras localidades de Paranaguá, realizaram protestos pela posse da área. A Polícia Ambiental do Paraná, juntamente com a Polícia Militar, esteve presente no local nas duas situações, assim como a Guarda Civil Municipal (GCM). Porém, como não se tratava de nenhum crime da esfera ambiental, e sim de protestos, cabendo a resolução ao município, a Guarda Municipal foi chamada para conter os manifestantes mais exaltados.

 Ontem, em mais uma tarde de protestos dos moradores da região do Figueira pela posse da área, homens da guarda municipal precisaram usar gás de pimenta para dispersar os ocupantes. De acordo com a comandante da GCM, Márcia Garcia, alguns estavam de posse de facões e por isso o uso do gás de pimenta se fez necessário. Após o tumulto ser controlado, alguns manifestantes foram conduzidos até a delegacia para prestar esclarecimentos.   

DENÚNCIA

Na última sexta feira (05), a Polícia Ambiental do Paraná recebeu uma denúncia e vistoriou a área para constatar a sua veracidade. No local, encontrou várias pessoas trabalhando no loteamento, inclusive com pontos de lotes já cercados.

 A reportagem do JB Litoral também esteve na região e se deparou com muitas famílias ocupando a localidade, inclusive acompanhada de crianças e adolescentes. Alguns destes ocupantes estavam munidos de machadinhas, machados, foices e facões para abrir caminho mata adentro.

PROVIDÊNCIAS LEGAIS

De acordo com o Capitão Serpa, comandante da Polícia Ambiental do Paraná, a área em questão é considerada Área de Preservação Permanente (APP) e pertence à 1ª. Cia do 9º BPM do Paraná. Diante disso, algumas providências foram tomadas para a desocupação da área. “Aonde foi constatado dano ambiental, foi lavrado auto de infração ambiental e a área está embargada. A documentação será remetida por meio de ofício ao Instituto de Água e Terra (IAT) e ao Ministério Público de Paranaguá para as medidas judiciais cabíveis”, declarou o Cap. Serpa.