Investimentos no turismo litorâneo estão travados na Assembleia Legislativa


Por Redação JB Litoral Publicado 30/11/2016 Atualizado 14/02/2024

Neste mês, a Comissão de Turismo da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) reuniu seus integrantes para tentar agilizar os investimentos do Governo do Estado no setor em todo o Paraná, entre eles nos sete municípios do litoral. Até o momento, recursos de R$ 284 milhões advindos da União,  de diversas entidades e da gestão do Governador Beto Richa (PSDB), que também possui o controle total da Alep com a bancada governista, estão travados na Assembleia para o litoral paranaense. A intenção da Comissão é fazer com que os recursos cheguem o quanto antes para investimento turístico na região.
 

Comissão de Turismo da ALEP anunciou, no último mês, que está incentivando atualização no plano regional de turismo no Paraná,  que inclui investimentos no litoral que até hoje não saíram do papel.

De acordo com a Comissão de Turismo, o objetivo é fazer com que estes R$ 284 milhões destinados a Paranaguá, Morretes, Antonina, Guaratuba, Matinhos, Pontal do Paraná e Guaraqueçaba, sejam colocados em uma emenda no orçamento estadual de 2017.

Na prática, a bancada pretende assegurar recursos para a revisão em 2017 do denominado Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável (PDTIS), que é relativo não somente ao litoral paranaense, como também às macrorregiões de Foz do Iguaçu e dos Campos Gerais/Curitiba. A medida foi anunciada justamente no período que antecede a temporada de verão pelo parlamento.

 


ALEP trava investimento no turismo no litoral Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
 

O objetivo é fazer com que estes R$ 284 milhões sejam destinados a Paranaguá, Morretes, Antonina, Guaratuba, Matinhos, Pontal do Paraná e Guaraqueçaba.

Os planos já existem desde 2012 previstos pela gestão estadual, no entanto, até hoje não foram aplicados na prática no litoral e em outras regiões.

As propostas para investimentos milionários no turismo do litoral foram apresentadas em audiência pública na Assembleia em novembro, sob o tema “O PDTIS como indutor do turismo no Paraná”, que contou com as presenças do Diretor do Departamento de Ordenamento do Turismo, Rogério Cóser, e o Coordenador-geral de Planejamento Territorial do Turismo, Eduardo Madeira, ambos do Ministério do Turismo.

Além de ser um benefício, o plano em questão é uma obrigação, visto que a elaboração do PDTIS é um pré-requisito para que estados e municípios com mais de um milhão de habitantes estejam habilitados no Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur), o qual conta com recursos dos Bancos de Desenvolvimento Interamericano (BID) e da América Latina (CAF). Pelo fato do litoral paranaense não possuir nenhum município deste porte, diretamente nenhum município da região estará incluso neste programa do Governo Federal, onde as duas instituições preveem orçamento de mais de R$ 1 bilhão no turismo em todo o país.

 

Projetos e recursos “travados” na ALEP

LITORAL DO PARANÁ (R$ 284 milhões) – Antonina, Guaraqueçaba, Guaratuba, Matinhos, Morretes, Paranaguá e Pontal do Paraná.

CAMPOS GERAIS/CURITIBA (R$ 259 milhões) – Araucária, Campo Largo, Curitiba, Lapa, Pinhais, Quatro Barras, São José dos Pinhais, Carambeí, Castro, Piraí do Sul, Ponta Grossa, Telêmaco Borba e Tibagi.

FOZ DO IGUAÇU (R$ 137 milhões) – Foz do Iguaçu, Santa Terezinha do Itaipú, São Miguel do Iguaçu, Itaipulândia, Santa Helena, Entre Rios do Oeste, Pato Bragado, Marechal Cândido Rondon, Guaíra, Medianeira, Mercedes e Missal.

 

 

*Com informações do Correio do Litoral, Alep e da Rádio Cultura de Foz do Iguaçu. Foto da Ilha do Mel – Valdemir Cunha