Jornal continua sendo fonte essencial de informação e base para internet


Por Redação JB Litoral Publicado 26/08/2014 Atualizado 14/02/2024

A credibilidade dos jornais já ultrapassa o papel e se estende a outras plataformas, como a web, os tablets e os smartphones. Jornais continuam sendo fonte essencial de informação e são a base dos posts nas redes sociais, das conversas entre amigos e das reuniões de empresas. Também se mantêm fortes para lançar, fortalecer e renovar marcas e produtos, aumentando a visibilidade das campanhas publicitárias. As conclusões são de um levantamento feito pela agência de publicidade Lew’Lara/TBWA para identificar a imagem dos jornais junto a diferentes públicos, que será a base de uma campanha que a Associação Nacional de Jornais (ANJ) e a indústria jornalística lançaram no 10º Congresso Brasileiro de Jornais, que acontece em São Paulo.

O objetivo é mostrar aos leitores e ao mercado anunciante que a instituição “jornal” continua sendo um dos meios de comunicação mais fortes do mercado. Os jornais impressos ainda são os campeões de credibilidade — diz Ricardo Pedreira, diretor-executivo da Associação Nacional de Jornais (ANJ). Pedreira cita uma pesquisa recente feita pelo Ibope, a pedido da Secretaria de Comunicação Social (Secom) do governo federalpara identificar a imagem dos jornais junto a diferentes públicos, mostrou que a credibilidade dos jornais continuam sendo a melhor fonte de informação e, hoje, servem de base para postagens nas redes sociais, das conversas entre amigos e das reuniões de empresas. O levantamento mostrou ainda que a informação impressa ultrapassa o papel e se estende a outras plataformas, como a internet, tablets e smartphones.

O resultado deste levantamento foi o tema principal da campanha “Jornal. Está em tudo”, lançada pela Associação Nacional de Jornais (ANJ) no 10º Congresso Brasileiro de Jornais, realizada nos dias 18 e 19 no teatro do WTC, em São Paulo, com a presença de 600 representantes brasileiros.
Os mais importantes editores de jornais do país estiveram presente ao Congresso, como João Roberto Marinho, vice-presidente das Organizações Globo, Francisco Mesquita Neto, diretor-presidente do Grupo Estado, Luiz Frias, presidente do Grupo Folha e Nelson Sirotsky, presidente do Conselho de Administração do Grupo RBS que participaram do painel “o compromisso dos jornais com o novo posicionamento”.

Para o vice-presidente das Organizações Globo, Francisco Mesquita Neto, teve uma época em que o jornal era para “vender estoques”. “Só que, ao mesmo tempo em que empresas como Gafisa, Lopes e tantos outros varejistas vendiam seus estoques, também construíram suas marcas pelo meio. Algo que Friboi e Sadia, para citar dois exemplos, estão entendendo muito bem hoje”, completou, em um discurso de que jornal pode sim construir marcas fortes.
De acordo com o diretor-executivo da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Ricardo Pedreira, o objetivo da campanha foi o de mostrar aos leitores e ao mercado anunciante que a instituição “jornal” continua sendo um dos meios de comunicação mais fortes do mercado. “Os jornais impressos ainda são os campeões de credibilidade”, disse Pedreira.

O diretor-executivo da ANJ ressalta ainda que o leitor tem a percepção de que a informação impressa no jornal “é fruto de um trabalho profissional, com investimento de recurso e tempo”, diferentemente do conteúdo das redes sociais. Ele diz que a credibilidade do noticiário também transborda para a publicidade veiculada nos jornais. “Quem está lendo o jornal acaba detendo mais sua atenção também nos anúncios, se dispersa menos” – afirma Pedreira.

O vice-presidente das Organizações Globo, João Roberto Marinho, da Globo, lembrou que no início a internet angustiou um pouco os jornais, mas que hoje, até mesmo a boataria que corre na web é benéfica ao meio. “A boataria e mentiras ajudam quem realmente tem credibilidade para mostrar”, disse Marinho.

Campanha na mídia nesta semana

O CEO da Lew’LaraTBWA, apresentou oficialmente a campanha “Jornal. Está em tudo”, uma iniciativa da ANJ, que estreia na mídia ainda nesta semana e visa atestar a credibilidade do jornal, posicionando-o como aquele que pautas os outros meios de comunicação. E estreitar sua relação com agências e anunciantes, de olho na retomada dos investimentos publicitários no setor.

Um levantamento feito pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), ouviu 18,3 mil pessoas em 848 municípios e constatou que 53% dos que leem jornais impressos confiam nas notícias publicadas. Já estudo da comScore mostra que das pessoas que acessam notícias na internet no Brasil, 57% delas o fazem por meio dos jornais, um universo de aproximadamente 32 milhões de pessoas. Por sua vez, os Estudos Marplan EGM, de janeiro a dezembro de 2013, revelam que 62% dos leitores de jornal não fazem outra atividade enquanto estão lendo, mostrando que o meio sofre menos dispersão do que a TV, o rádio e a internet.

Para Marcelo Rech, diretor-executivo de Jornalismo do Grupo RBS, a notícia publicada no jornal dá uma espécie de “certificação” ao que é veiculado na internet. Rech afirma que o leitor tem consciência de que o jornal levou décadas para construir uma marca sólida e sabe que essa reputação pode ser destruída rapidamente caso não haja zelo com a apuração das informações. “Portanto, se o jornal está aí há tanto tempo, o leitor sabe que há um motivo para isso. E esse motivo é a credibilidade. É inevitável a relação que o leitor faz da credibilidade com o jornal”, ressaltou.

*Com informações da www.diarioms.com.br
e www.gazetadopovo.com.br