Líderes de facção que brigava pelo comando do litoral são mortos na Operação Rio II


Por Redação Publicado 06/04/2021 Atualizado 15/02/2024

Nesta terça-feira (6) a Polícia Militar (PM) do Paraná desencadeou a segunda fase da Operação Rio, que investiga um grupo criminoso envolvido com tráfico de drogas, homicídios e outros crimes no Litoral do Estado. Segundo a polícia, um grupo do PGC (Primeiro Grupo Catarinense) lutava com o PCC (Primeiro Comando da Capital) pelo domínio das cidades do litorâneas, principalmente Paranaguá, Pontal do Paraná e Matinhos.

“Hoje nós encerramos uma fase da Operação Rio, onde houve a prisão de 11 pessoas no litoral do estado e proximidades. Três reagiram no momento da abordagem e entraram em óbito. Essa quadrilha é responsável pelo entorno de 110 homicídios no litoral do estado. Isso tudo comprovado através da inteligência da polícia, com interceptações telefônicas e apoio das denúncias”, disse o comandante-geral da PM, coronel Hudson Leôncio Teixeira.

Os três envolvidos que morreram no confronto com a polícia eram apontados como líderes do grupo criminoso investigado. Dois deles estavam em Matinhos, no Balneário Inajá, quando foram flagrados pelos agentes e dispararam tiros contra a polícia.

Segundo a Polícia Militar, em janeiro 20 homicídios ocorridos no litoral têm ligação direta com essa quadrilha. Sendo assim, 17 mandados de busca e apreensão, 14 mandados de prisão foram expedidos para as cidades de Matinhos, Paranaguá, Pontal do Paraná e Piraquara.

Ostentação

Em vídeo divulgado pela própria Polícia Militar, mostrando o resultado do trabalho que acontece desde o ano passado, mesmo antes da deflagração da Operação Rio I, os líderes da facção aparecem ostentando em festas, lanchas e até casas luxuosas.

“Teremos outras fases dessa operação. Nosso objetivo principal é diminuir ao máximo os homicídios na região do Litoral do Estado e, com isso, coibir o tráfico de drogas. Foi um trabalho exitoso por parte do Serviço de Inteligência da PM, do Ministério Público, que acompanhou in loco as ações, assim como o subcomandante-geral que também participou da operação”, explicou o comandante-geral da PM.

Origem da operação

A PM passou a monitorar o grupo criminoso após o Guarda Municipal, Jeferson Barcelos de Oliveira, de 44 anos ser assassinado à tiros na Rua Arthur Bernardes com Barão do Amazonas no Bairro Serraria do Rocha. A polícia acredita que este tenha sido um entre as centenas de homicídios cometidos pelo grupo na briga pela área do litoral, entre PGC e PCC.