Marajá cumpre promessa e fará auditoria nas contas da Prefeitura de Morretes


Por Redação JB Litoral Publicado 27/01/2017 às 16h13 Atualizado 14/02/2024 às 20h16

Eleito com mais de cinco mil votos no pleito municipal de outubro para o cargo de prefeito do Município de Morretes, Osmair Costa Coelho (PMDB), o popular Marajá, assumiu o posto com a esperança de dias melhores para os moradores da cidade.

Após desbancar o até então Prefeito Hélder Teófilo dos Santos (PSDB), Marajá chegou ao cargo mais importante de Morretes escolhido pela população e com boa articulação com os poderes Legislativo Municipal e Executivo Estadual. Ao menos foi o que garantiu o prefeito em entrevista concedida à reportagem do JB. Apesar da boa relação institucional, ele também afirma que a gestão anterior deixou a prefeitura em frangalhos.
 

Pagamento dos servidores
 

Marajá conversou com a reportagem do JB que, antes mesmo de assumir a prefeitura de forma oficial, teve que realizar o pagamento aos servidores municipais, já que o salário referente ao mês de dezembro estava atrasado.
 

“Fiquei sabendo do atraso referente ao pagamento dos servidores e, antes mesmo de começar as atividades executivas, apesar de já ter sido oficializado como prefeito, efetuei o depósito para sanar esta dívida. Isto já demonstra, antecipadamente, que teremos compromisso com o servidor público municipal, pois ele é a base de sustentação da nossa gestão e, por isto, buscaremos honrar com todos os nossos compromissos com a classe. Ressalto que só conseguimos fazer o pagamento porque havia uma verba de repatriação repassada pelo Governo Federal nas contas da prefeitura e, por isto, foi possível pagar”, explicou.
 

As verbas de repatriação foram liberadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no dia 29 de dezembro. O montante correspondia a cerca de 5 bilhões de reais e refere-se a recursos mantidos ilegalmente no exterior por brasileiros.
 

Ordem na casa
 

Apesar de não citar diretamente o Ex-prefeito Hélder, Marajá destacou que as contas da prefeitura estão em estado crítico e que demorará ao menos 12 meses para tornar o caixa superavitário. “Recebemos a prefeitura sem nenhum dinheiro em caixa, com a frota sucateada e com muitas empresas que prestaram serviços à administração anterior nos cobrando, querendo receber. O quadro não é tão simples de resolver, por isto suspendi o pagamento, por 90 dias, das contas deixadas pelo meu antecessor e, a partir do momento em que começarmos a ajeitar a casa, iremos resolver com calma cada imbróglio”, destacou.

Segundo Marajá, uma auditoria interna será realizada a fim de detectar a atual situação dos cofres municipais, além de levantar possíveis irregularidades cometidas. “Faremos uma auditoria, sem dúvidas. Penso até que poderá haver contato com o Tribunal de Contas do Estado do Paraná para que nos ajude nesta questão. Sei que o povo morretense está esperançoso com nossa gestão, confiou o seu voto em mim, e iremos honrar cada um deles, pode ter certeza. Estamos trabalhando dia e noite, todos os dias, para construir uma cidade melhor e mais humana para todos”, sentenciou.

 

Primeiras conquistas

Mesmo pertencendo ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), o qual faz oposição, por meio de alguns deputados, ao Governador Beto Richa (PSDB), Marajá garante que o governo do Estado será um aliado em sua administração.

“Nossa relação com o governo será madura e diplomática, pois eles são nossos parceiros. Logo nos primeiros dias de mandato, conseguimos, por meio do Chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, um caminhão compactador de lixo e isto foi uma conquista, porque até ano passado a coleta era feita de forma muito precária”, explicou.

 

Além disto, Marajá destaca a interlocução com o governo estadual e com o Prefeito de Antonina Zé Paulo (PSB) para discutir o consórcio que regulamenta o uso do aterro sanitário entre os dois municípios, visando minimizar problemas relacionados ao acúmulo de lixo.