Milhares de educadores(as) saem às ruas em todo Estado


Por Redação JB Litoral Publicado 04/02/2015 Atualizado 14/02/2024

Eram aproximadamente 16h quando o trânsito na região central da capital paranaense já apresentava sinais de lentidão. Horário de rush? Não. Eram educadores(as) que fechavam a rua onde fica a Secretaria de Fazenda do Estado para protestar contra o atraso no pagamento de salários e benefícios.

A mobilização, organizada pela APP-Sindicato, reuniu mais de mil pessoas em Curitiba. Em outras regiões do Estado atos aconteceram desde a manhã. Em Londrina cerca de 500 trabalhadores(as) se concentraram em frente ao Colégio Vicente Rijo, um dos maiores da cidade. Em Maringá, o protesto contou com a participação de quase mil pessoas em frente ao Núcleo Regional de Educação. Assim se repetiu em Francisco Beltrão, Cascavel, e outras cidades do Paraná.

“É um ato que demonstra a indignação da categoria frente à desorganização e ao calote do Governo do Estado”, ressaltou Vilma Garcia da Silva, presidente do núcleo sindical da APP de Maringá. Segundo ela, desde ontem a direção da APP acompanha a distribuição de aulas e a desorganização que o governo vem tratando este momento que antecede o reinício das aulas.

Para o professor Hermes Silva Leão, presidente estadual da APP, este foi apenas o primeiro de muitos atos.

Seguiremos mobilizados e na assembleia do próximo sábado iremos debater o início de uma greve”, destaca Hermes.

Para ele, é um descaso com a educação a forma como o governo vem adotando medidas que prejudicam estudantes e profissionais em nome do chamado “ajuste do caixa”. “O governo administrou mal os recursos do Estado e nós não podemos pagar esta conta”, afirmou Hermes.

Mesmo diante de uma multidão que protestava e da insistência da direção da APP, o secretário não recebeu uma comissão formada para debater os pagamentos dos(as) educadores(as). Uma reunião para tratar destes e de outros temas foi agendada para a próxima quinta-feira (05).

Governo anuncia contratação de PSS: durante o ato em frente à Secretaria de Fazenda, os manifestantes que acompanhavam as redes sociais visualizaram a informação da autorização para contratação de 10 mil professores(as) PSS a partir da próxima quinta-feira. “Isso é fruto da mobilização que realizamos hoje. Foram 29 mil professores(as) demitidos e mais 10 mil funcionários(as). Sem estes trabalhadores(as) não tem como as escolas iniciarem o ano letivo. 10 mil é pouco, será necessário contratar mais e acompanharemos de perto”, disse Hermes durante o ato na Sefa.

A categoria está convocada para participar de uma assembleia no próximo sábado (07), em Guarapuava onde avaliam as mobilizações já realizadas e debatem os próximos passos da luta neste ano de 2015.