Moção aprova manutenção do COLIT que Ratinho Junior prometeu extinguir


Por Redação JB Litoral Publicado 31/10/2018 Atualizado 15/02/2024
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Com informações do Correio do Litoral

Nesta segunda-feira (29) aconteceu a 72ª reunião ordinária do Conselho de Desenvolvimento Territorial do Litoral Paranaense (COLIT), em Guaratuba. Entre os presentes estavam o secretário estadual do Meio Ambiente, Antônio Carlos Bonetti; o representante do Centro de Estudo de Educação Ambiental (Cedea), Arthur Conceição; os prefeitos do litoral, Hayssan Colombes Zahoui (PMDB), o Ariad Júnior, de Guaraqueçaba; Roberto Justus (DEM), de Guaratuba; Marcelo Elias Roque (Podemos), de Paranaguá; Ruy Hauer (PR), de Matinhos e Marcos Fioravanti (PSB), conhecido como Marcos Casquinha, de Pontal do Paraná. Os prefeitos de Antonina e Morretes não compareceram.

Com uma franca campanha popular disseminada nas redes sociais defendendo o fim do COLIT, a ponto de se realizar uma audiência pública, em 2016, na Câmara Municipal de Paranaguá, tendo como tema a solicitação da extinção do órgão ao Governo do Estado, nesta segunda-feira foi aprovada uma Moção de Apoio em favor da manutenção do colegiado ambiental.

O representante do Cedea, Arthur Conceição, propôs um pedido para a preservação da entidade, diante da promessa do governador eleito, Ratinho Junior (PSD), de acabar com a burocracia, para facilitar investimentos na região do litoral. Durante a campanha, ele garantiu que encerraria as atividades do Colit, que, de acordo com ele, atrapalha o desenvolvimento. No final, foram 12 votos a favor e 13 abstenções.

O único prefeito do litoral a votar pela continuidade foi Ariad Júnior, enquanto os prefeitos Marcelo Roque, Ruy Hauer, Roberto Justus e Marcos Casquinha se abstiveram da votação. Mesmo reconhecendo as reivindicações, não se posicionaram. 
 

Ariad foi o único prefeito do litoral a votar a favor do pedido de manutenção da entidade. 

Roberto Justus explicou que, por não ter votado, abre a possibilidade de analisar a decisão que o futuro governador irá tomar. “Se a decisão for manter o Colit, terá meu apoio. Se for pela extinção, precisarei entender os motivos”, justificou o prefeito.

Aprovações

Durante o encontro, foi aprovada a licença ambiental do trapiche público, a última estrutura náutica da baía de Guaratuba que necessitava da autorização. Além disto, também ocorreu a liberação ambiental para instalações de energia elétrica na aldeia indígena Tupã Nhá Kretã, em Morretes, e dois licenciamentos para a retirada de palmito juçara, em Guaratuba.

As solicitações para a extração de palmito foram feitas há mais de dois anos, e são um exemplo da lentidão com que o órgão funciona. De acordo com o presidente do Colit, o secretário Antônio Bonetti, a situação tem sido amenizada após sua gestão. Ele conta que desde que assumiu, em julho de 2016, foram analisados e votados 176 dos 500 processos que esperavam uma decisão.