MP-PR investiga contratação de mulheres de pastores na assembleia


Por Redação JB Litoral Publicado 26/05/2015 Atualizado 14/02/2024

O Ministério Público do Paraná está investigando a contratação de mulheres de pastores evangélicos como servidoras comissionadas do gabinete do deputado estadual Pastor Edson Praczyk (PRB). Segundo os promotores, as mulheres eram funcionárias fantasmas, ou seja, recebiam sem ir trabalhar.
Praczyk é o presidente do Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). De acordo com a denúncia, o deputado é suspeito de receber os valores em nome das mulheres contratadas por ele na assembleia. O caso investigado aconteceu entre os anos de 2001 e 2003, quando o deputado cumpria o primeiro mandato na Casa.

Para manter a fraude, conforme a promotoria, o deputado usava uma funcionária da Assembleia, que trabalha com ele até hoje, embora esteja lotada em outro gabinete. Micheli Borges da Silva tinha, segundo o MP-PR, autorização para movimentar as contas bancárias de todos os servidores do gabinete do deputado, incluindo os fantasmas. A suspeita dos promotores é que os valores retirados por Micheli eram repassados ao deputado.
Micheli foi procurada no gabinete da 3ª Secretaria da Assembleia, onde está lotada, mas não foi encontrada. No local, os funcionários disseram que ele trabalha com Praczyk. A informação foi confirmada pelos funcionários do deputado investigado. Mas ela não foi encontrada para comentar o assunto.
No Plenário da Assembleia, Praczyk foi questionado a respeito das denúncias. O parlamentar não respondeu às perguntas. “É por isso que eu não dou entrevista”, limitou-se a dizer.