Não vale a pena ver de novo


Por Direto da Redação Publicado 08/09/2021 às 11h48 Atualizado 16/02/2024 às 12h38

Com mais de 70% de parnanguaras vivendo em situação irregular, no que diz respeito à moradia, segundo a COHAB, as muitas invasões e ocupações ilegais que ocorrem há décadas, mostra que esta situação não vale mais a pena ver novo.

No passado, grandes ocupações como o Mutirão, que virou o Jardim Esperança e a partir dali outras mais vieram, sempre tiveram um ponto comum, a participação efetiva de vereadores, inclusive fornecendo estrutura para invasão, algo que jamais deveria acontecer.

Mais recentemente, invasões no Jardim Jacarandá, que vereador foi flagrado e denunciado ao Ministério Público com maquinário no local, cujo caso segue na justiça, a poucos metros do mesmo local, outra gigantesca invasão, feita na antiga Chácara do Japonês, tornou-se um “condomínio” ocupado ilegalmente. Algo que também ocorreu no terreno da fábrica da Faber Castel.

Até em bairros localizados na região da PR-407 sempre foram e têm sido os alvos favoritos. Na última grande tentativa, a justiça evitou a ocupação e total desmatamento no Jardim Figueira, um terreno vizinho a uma Área de Proteção Ambiental.

Agora, uma nova denúncia chegou até nossa redação e, novamente, aparece também a figura de um vereador e seu assessor. Com discurso que defenderia a regularização de espaços na cidade, colocou dentro do próprio gabinete uma pessoa suspeita de vender e cobrar por terrenos irregulares. O loteamento é na Vila Torres, na região da PR-407, e foi constatada a comercialização para famílias de baixa renda.

Diferente das demais invasões, onde as próprias pessoas investem em “gatos” de luz e água, uma vez que Copel e Paranaguá Saneamento não podem levar o benefício para áreas não regularizadas, havia ainda a cobrança pelos “gatos”.

É preciso dar um basta nesta “cultura da invasão” visando aumentar seu reduto eleitoral, sob a desculpa de levar moradia para quem precisa.