Os administradores de todo o estado escolheram, nessa quarta-feira (18), os novos conselheiros para compor o quadro do Conselho Regional de Administração do Paraná (CRA-PR). Do total de 8.953 profissionais aptos a votar, 1.766 escolheram seus representantes. Com a maioria dos votos, 728 no total, o que representou 46,6% dos votos válidos, foram eleitos:
Anderson Luiz Michelin (Sudoeste do Paraná); Joice Fabrício (Centro-Oeste do Paraná) e Aladim Ramires Godoy (Capital e Região Metropolitana de Curitiba – RMC), como conselheiros; e Adriana Martello Valero (Norte do Paraná); Edna Rubio (Oeste do Paraná); Fernanda Frankenberger Silva (Capital e RMC) e Volnei Dalla Valle (Capital e RMC), como suplentes.
Presença feminina e expectativas
Uma das eleitas conversou com o JB Litoral. Joice Fabrício ressalta a importância da presença feminina na entidade que regula, normatiza e fiscaliza a profissão. “Pela primeira vez na história do Paraná, uma chapa teve mais mulheres do que homens em sua composição. E fomos eleitos! Há muito a avançar, mas reconhecer as conquistas, é necessário”, diz.
A conselheira eleita também destaca a preocupação com a baixa adesão da categoria. “Embora tenhamos vencido, é preocupante a baixa adesão dos administradores ao voto, com apenas 19,7% dos aptos a votar participando”, afirma. A chapa toma posse em janeiro de 2025.
Supostas irregularidades
Sobre a denúncia de administradores do Paraná, que apontariam possíveis irregularidades administrativas na gestão do atual presidente Marcello Padula, a conselheira eleita espera que tudo seja apurado.
“Em outubro, o relatório que recomenda intervenção será votado pelo CFA – Conselho Federal de Administração, em Brasília, aí saberemos qual será a decisão final. A nossa posição segue a mesma de antes da eleição. A gente espera que seja apurado e que, se houver alguma irregularidade, quem cometeu as irregularidades seja punido. O Conselho Federal é muito criterioso nisso e, como nós temos apontado, há um risco de intervenção, mas isso vai depender da votação do relatório em Brasília e das medidas que o Conselho Federal, por ventura, resolver tomar”, detalha Joice.
“Quando nós assumirmos, vamos nos adaptar, porque nós somos um terço dos conselheiros, dois terços continuam lá, então a gente vai ter que compor com eles como é que vai conduzir o Conselho daqui para frente”, finaliza.
Relembre o caso
A denúncia de possíveis irregularidades administrativas na atual gestão foi levantada durante a 8ª sessão plenária do Conselho Federal de Administração (CFA), no último dia 10, em Brasília, após a leitura do relatório da Comissão Especial de Apuração (CEAD).
De acordo com o relatório da CEAD, o CFA já foi acionado pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal para prestar esclarecimentos, quanto ao caso do regional paranaense.
O documento, aprovado por unanimidade pelo plenário, será encaminhado aos Conselheiros Federais para análise e deliberação sobre possíveis providências a serem adotadas.