Dragagem de sedimentos deve tirar o equivalente a 8.800 piscinas olímpicas do canal portuário


Por Redação JB Litoral
draga, porto

Equipamentos utilizados no plano de dragagem podem transportar 2.500 m3 de sedimentos

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Por Marinna Protasiewytch

Parecidos com navios, os equipamentos de dragagem podem ser observados por aqueles que acompanham o dia a dia, pelo mar, da circulação de navios nos portos de Paranaguá e Antonina. Em 2020, a empresa pública Portos do Paraná deu início a mais uma etapa do Programa de Dragagem de Manutenção continuada da profundidade dos portos paranaenses, que começou no ano passado e prevê as obras para os próximos cinco anos.

Para a população o impacto dos procedimentos não deve ser visível, mas para os empreendimentos marítimos e de transporte de cargas via embarcação, as alterações nos canais de acesso aos portos, devem melhorar a dinâmica portuária. Conforme explica o diretor presidente do porto, Luiz Fernando Garcia, a dragagem é realizada de forma permanente e extremamente necessária para manter a funcionalidade e segurança dos portos. “Se um porto não é dragado, a área fica assoreada, ou seja, muitos sedimentos se acumulam no fundo do mar, o que coloca em risco a segurança da navegação, [podendo ter o encalhamento de navios], e o desempenho operacional dos portos”, exemplificou.

Quase 9 mil piscinas olímpicas

No projeto, que começou em 2019, e tem previsão para ser finalizado em 2024, a direção portuária pretende retirar cerca de 22 milhões de metros cúbicos de sedimentos. A totalidade dos dejetos que devem ser retirados do fundo das baias de Paranaguá e Antonina equivale 8.800 piscinas olímpicas, iguais as instaladas no Complexo Olímpico de Natação Nereu Gouvêa, em Paranaguá. “Desde o início do contrato foram dragados aproximadamente 5.400.000,00 m³, é uma campanha [de dragagem] longa, a mais longa e permanente já realizada aqui nos portos paranaenses. Uma obra fundamental para manter a segurança da navegação em nossos portos”, atestou Luiz Fernando Garcia.

Custo da dragagem

Segundo o porto, o serviço de dragagem é bancado estritamente pelo investimento público, por meio da Portos do Paraná. Para este programa de retirada de sedimentos está previsto o investimento de R$ 403 milhões, que são estimados para serem gastos ao longo dos cinco anos do projeto.

Para onde vai o sedimento?

A destinação do sedimento retirado do fundo do mar não pode ser feita em qualquer local. A empresa pública necessitou da autorização de órgãos competentes, que após analisarem os estudos propostos pela organização, determinaram que “todo o sedimento retirado irá para a área de despejo que fica localizada a mais de 20 quilômetros da Ilha da Galheta e da Ilha do Mel. A área de descarte, regulamentada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), foi definida após estudos de correntes e outros aspectos climáticos, como a mais indicada para a dispersão do material dragado sem prejuízos ambientais”, pontuou o representante do porto.

Desta forma, não é possível utilizar o que é retirado das duas baías, para realizar procedimentos de recuperação de faixa de areia nas praias, caso corriqueiro no Pico de Matinhos.

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