Empresários contestam vereador de Antonina, demora não é culpa da oficina


Por Redação JB Litoral

Liberado para revisão, ônibus espera peças desde fevereiro

Ao tomarem conhecimento das declarações do Vereador Paulo Eleotero (DEM), realizadas em seu pronunciamento na sessão de terça-feira (13), no que considera desperdício de recursos públicos a manutenção da frota de veículos da Prefeitura de Antonina por uma empresa de Paranaguá, os sócios da Truck Center procuraram o JB Litoral e contestaram algumas informações ditas pelo parlamentar.

Os sócios da empresa, Fabio Liro de Andrade Melge e Douglas Michel Marcelino, frisaram que o contrato feito com a prefeitura é apenas de mão de obra e não inclui fornecimento de peças. Outras três empresas venceram este lote e ficaram responsáveis para repassar as peças necessárias aos consertos. Por esta razão, eles contestaram a alegação de Paulão a respeito da demora no reparo. Michel explica que se o veículo revisado e entregue à prefeitura apresentar problema de avaria na peça, a culpa não é da oficina, pois a ela coube apenas à montagem.

Michel e Fábio esclareceram demora na entrega de alguns veículos

Ele esclarece que a licitação foi dividida em mão de obra e fornecimento de peças, o que dificultou o processo de conserto da frota. Relata, também, que a oficina faz a avaliação do veículo e envia a relação das peças necessárias por meio de endereço eletrônico para as empresas, com cópia à prefeitura, e fica no aguardo da chegada dos itens para efetuar o conserto.

O sócio Fabio informou que se encontra na oficina, desde fevereiro, um ônibus que está liberado para ser revisado e faltam apenas as peças, que ainda não chegaram. Ele explicou como funciona a burocracia para poder prestar o serviço. “Detectado um problema, o motorista faz o levantamento do que o veículo precisa e passa para o Carvalho, que é o diretor de transportes, o qual manda um e-mail para nós solicitando o orçamento. Após fazermos e mandarmos de volta ao Carvalho ou para o Secretário, os quais decidirão a aprovação dos orçamentos de peças e mão de obra e irão repassar para a oficina e os fornecedores. Após isto, é encaminhado para a prefeitura que, depois de autorizados, retorna permitindo o envio das peças e o conserto. A partir daí a oficina fica aguardando a chegada dos itens”, explicou.

Autorizada para atendimento ao serviço público

Os empresários informaram, ainda, a questão do endereço, que não é mais o que consta no contrato. Michel esclareceu que por atenderem, não apenas a prefeitura, mas também o Governo do Paraná, no setor de veículos pesados, existia a necessidade de uma local com maior espaço, razão pela qual tiveram que mudar. Disse, também, que a questão dos cinco meses na razão social se deve ao fato justamente por terem que atender a mecânica pesada, mas a empresa está há vários anos no mercado.

Michel ressaltou que não está criticando o vereador e elogiou sua postura de fiscalizador, porém, não podiam concordar com a impressão que foi dada de que todo o serviço era prestado pela Truck Center, quando na verdade foram contratados apenas para fazer a mão de obra. “O trabalho dele é fiscalizar, mas ele nunca veio aqui. No mínimo ele deveria ter lido o contrato e constatar que não nos cabe a entrega da peça”, disse o empresário.

Secretário não soube explicar demora nas peças

A reportagem procurou o Secretário Municipal de Obras, Givanildo Cabral, que mostrou desconhecimento de como funciona esta prestação do serviço de manutenção da frota. Questionado a respeito da demora na entrega das peças, inclusive do ônibus que está desde fevereiro esperando peça, o secretário foi evasivo e não soube explicar o porquê de a empresa contratada ainda não ter repassado. Entretanto, Givanildo Cabral não gostou da interferência de Paulo Eleotero neste assunto e encerrou xingando o vereador.

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