Por Marinna Protasiewytch
No segundo fim de semana do mês de março, Guaratuba decretou ‘lockdown’ e a interdição de praias e rios no município. Segundo a prefeitura, nos primeiros 12 dias do mês, a cidade registrou 378 novos casos e 16 mortes em decorrência da Covid-19. “Um recorde de casos e óbitos desde o início da pandemia há um ano e, infelizmente, com análises pessimistas de aumento por conta da circulação em todo o estado da variante P1, a cepa do coronavírus que colapsou o Amazonas”, informou o município.
O prefeito Roberto Justus, do DEM, tomou a decisão no sábado (13) após Curitiba decretar bandeira vermelha. “Guaratuba, depois de muito ponderar, entendeu que deve decretar o fechamento das praias imediatamente. Aumentar o rigor da fiscalização da população no que diz respeito ao cumprimento das restrições. Vamos acompanhar as medidas do prefeito Rafael Greca (DEM), instituindo novas restrições a partir de segunda-feira (15)”, afirmou o prefeito.
Barreiras sanitárias e fechamento das praias
Com o fechamento dos serviços não essenciais na capital, o fluxo de visitantes nas cidades litorâneas tem aumentado. Para conter essa migração e a aglomeração nas praias, a prefeitura de Guaratuba proibiu o acesso à beira do mar e instituiu o controle da entrada da cidade por meio de barreiras sanitárias, permitindo que apenas moradores entrem no município.
“Vamos adotar as barreiras sanitárias, em uma ação em conjunto da Associação dos Municípios do Litoral do Paraná (AMLIPA), já a partir de segunda-feira (15). Com isso, nós acreditamos que vamos conseguir frear o avanço da doença na nossa cidade, colaborando assim com o nosso sistema municipal de saúde”, disse Roberto Justus.
As medidas restritivas devem durar até o dia 22 de março, podendo ser prorrogadas conforme decisão dos mandatários municipais.
Compra de vacinas
Guaratuba, além de Paranaguá e Matinhos, manifestou o desejo de integrar a Frente Nacional de Prefeitos (FNP), que criou um consórcio para a compra de vacinas. Com a instituição da Lei no município, que permite a destinação de verbas para a aquisição das doses, a cidade permanece, agora, aguardando os próximos passos da frente. A decisão foi tomada após aprovação da Câmara Municipal de Vereadores, na última semana.
“Na essência o município não deve comprar vacina, essa é uma atribuição do Ministério da Saúde, contudo, dentro do atual cenário, a iniciativa visa prover meios para garantir a imunização de nossa população, de forma complementar ao Governo Federal. O Consórcio surge, então, como uma opção capaz de realizar compra com escala e força no cenário internacional para negociar”, afirmou Gabriel Modesto, secretário de Saúde de Guaratuba.”
“Nosso prefeito Roberto Justus está determinado a buscar uma solução que garanta a imunização da população de forma mais rápida e disposto a fazer o investimento necessário para que isso ocorra. Entendemos que somente com a vacina iremos reduzir drasticamente a letalidade da Covid, bem como os efeitos que ela provoca na sociedade e economia”, concluiu Modesto.