ILHA DOS VALADARES


Por Redação JB Litoral

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Assinado pelo prefeito Edison de Oliveira Kersten (PMDB) no dia 9 de setembro de 2013, o Decreto 732 proibiu o trânsito de carros, veículos elétricos, de tração animal, reboque ou semirreboque sobre a passarela da Ilha dos Valadares em Paranaguá.

  A decisão ocorreu depois de uma Pesquisa de Contagem de Tráfego na Ilha dos Valadares feito pela Secretaria Municipal de Segurança e Coordenadoria de Defesa Civil (Comdec), coordenado pelo secretário de Segurança, Cícero Alves Fernandes, no mesmo mês. Os números foram assombrosos e mostraram que 5.660 veículos, entre carros e motocicletas, passaram pela passarela nos cinco dias da pesquisa. No mês seguinte, a reportagem do JB fez uma vistoria e encontrou rachaduras em 09 das 12 fundações de blocos de concreto que sustentam a passarela.
Mesmo diante desta pesquisa e da divulgação do levantamento do JB, a prefeitura não tomou nenhuma providência no sentido de reforçar as colunas de concreto e conter o abuso na travessia de veículos do continente para a ilha.
Passado um ano e sete meses, um novo decreto, 2.547/2015, torna mais rígida a travessia de veículos na passarela depois que a empresa Estel Engenharia reforçou o que o JB denunciou em setembro de 2013 e em janeiro de 2014, que é a situação crítica dos pilares que sustentam a ponte.

 O decreto pôs fim às permissões de moradores para atravessarem a passarela com seus veículos, por conta de diversos motivos, a maioria deles, problemas de saúde e locomoção. Proibiu ainda a passagem de veículos, carroças e reboque. Os guardas municipais civis poderão autorizar, de forma excepcional, a passagem em veículo particular transportando pessoas em estado grave de saúde, assim como táxis, desde que não seja possível usar viatura ou ambulância.

Levantamento de 2013

No levantamento feito pelo JB ficou constatado que as condições dos blocos de concretos, em algumas fundações, preocupam pelo número de rachaduras. Cada fundação possui oito blocos de concreto moldado em ferro. As duas fundações que mais apresentavam rachaduras visíveis foram justamente aquelas que recebem o maior peso: a última que encerra a subida da passarela no sentido ilha-continente e a primeira na descida para o continente. Esta última se encontrava com parte de um dos blocos de concreto bastante danificado, a ponto de expor os ferros do seu interior. A outra, por sua vez, possuía rachaduras bastante visíveis em cinco dos oito pilares de concreto. Alguns blocos de concretos das fundações que foram revestidas com uma proteção de ferro apresentavam corrosão no ferro, feito pela ação da água salgada e do acúmulo de animais marinhos.

Vale lembrar que técnicos locais e do Departamento de Estradas e Rodagens (DER) da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística fizeram uma vistoria na passarela na época e o engenheiro especialista em pontes do DER, Wilson Ahrens, disse que não percebeu nenhuma avaria fundamental e sugeriu análise subaquática, que foi feita somente agora, mais de um ano e meio depois.

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