Prefeitura de Paranaguá já gastou mais de um milhão com Dispensa de Licitação


Por Redação JB Litoral

Nova conclusão da creche do Jardim Iguaçu será feita por dispensa de licitação

Ferramenta prevista na Administração Pública e assegurada pela Lei Federal 8666/93 (Lei das Licitações) para quebrar a rigidez do processo licitatório para casos especiais, a compra com Dispensa de Licitação tem sido muito usada pela Prefeitura de Paranaguá na administração do Prefeito Marcelo Elias Roque (PV).

Em apenas seis meses de gestão, segundo o Portal da Prefeitura, um total de 11 compras de bens e serviços foram feitas até o momento, apesar de que o link de acesso às compras não traz a Dispensa de Licitação nº 09/2017 e apenas 10 estão disponíveis para consulta por empresas e cidadãos.

Para não desrespeitar os princípios da moralidade e da isonomia, a Lei das Licitações disponibiliza 16 situações onde o gestor pode usar a dispensa de licitação, porém, elas devem ser limitadas à aquisição de bens e serviços indispensáveis ao atendimento da situação de emergência e não de qualquer bem ou qualquer prazo.

Entre elas, vale destacar que a licitação é dispensável quando for em situações de emergência, por motivo de solicitação frustrada por fraude ou abuso de poder econômico, contratação de pequeno valor, para complementação de contratos, ausência de interessados e imóvel destinado à Administração, entre outros.

O JB fez um levantamento e constatou que, de janeiro até o momento, a prefeitura já gastou um total de R$ 1.112.396,96, em 10 dispensas de licitação mostradas pelo Portal da Transparência.

Todas elas, aparentemente, se enquadram entre as 16 possibilidades permitidas pela legislação federal. Elas variam de valores que vão de R$ 260,00, na contratação de empresa para realização, até a revisão em veículos no valor de R$ 546.500,00, que foi a contratação de uma terceira empresa para conclusão do Centro de Educação Infantil (CMEI) do Jardim Iguaçu, que já acumula um total de R$ 2.291.845,80 em recursos públicos, quase o dobro do investimento original previsto que é de R$ 1.226.234,08.

Já passaram pela creche, sem concluir a obra, as empresas: Coelho & Ribeiro Construções Elétricas e Civis e a Nova Aliança Construtora. Agora é a vez da empresa Luiz Henrique da Silva Chaves EIRELI-ME, que foi inabilitada na licitação da manutenção dos prédios públicos no valor de R$ 9,4 milhões, a empresa vencedora foi Blasczyk – Limpeza e Conservação, que também já faturou R$ 315.150,00 por dispensa de licitação este ano.

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