Na batalha contra a dengue, piscina na AABB mantém água parada e suja


Por Redação JB Litoral

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Enquanto a Prefeitura de Paranaguá investe em mutirões de combate à dengue, que já esteve nos bairros do Porto dos Padres e Jardim Araçá, além das constantes passagens de “Carros Fumacê”, a piscina infantil da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) se encontra com água parada e suja há meses: um ambiente propício à proliferação do mosquito Aedes Aegegypti, causador da dengue. 

Uma denúncia enviada à redação do JB por um morador da região foi constatada pela reportagem na semana passada.

Ignorando as orientações repassadas de forma constante pela prefeitura para cobrir a caixa d’água e piscinas, a AABB mantém água parada e suja a céu aberto, sem nenhum tipo de vedação.

Vale ressaltar que é falsa a informação de que as larvas do mosquito só se desenvolvem em água limpa. De acordo com informações da Secretaria de Estado da Saúde (SESA), os ovos do mosquito também podem se desenvolver em água suja e parada. “Hoje se discute até se as fêmeas do Aedes têm realmente a preferência pela água limpa. Então para combater a dengue, o importante é acabar com qualquer reservatório de água parada, seja limpa ou suja”, garante o site da SESA. Todavia, é necessária a comunhão de esforços de todas as secretárias municipais no combate à dengue.

Desde o dia 30 de julho, seis carros com bomba UBV pesada – popularmente conhecidos como ‘Carros Fumacê’ – passaram a circular pela cidade aplicando inseticida para matar o mosquito transmissor na fase adulta, que é quando ocorre a picada e transmissão da doença. Também estão sendo feitos mutirões nos bairros. Recentemente, foi criado o Comitê Municipal de Combate à Dengue, presidido pelo prefeito Edison de Oliveira Kersten (PMDB) e formado por secretarias municipais, 1ª Regional de Saúde, Associações, entre outras entidades.

Vale destacar que a aplicação do fumacê se fez imprescindível após a confirmação de 60 casos da doença contraídos na cidade (autóctones). O combate à doença atualmente é feito por 74 profissionais de saúde. São 25 agentes de endemias, 10 agentes comunitários de saúde, 20 guardas civis municipais, 10 funcionários da Secretaria de Estado da Saúde (1.ª Regional) e 09 agentes da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), cedidos ao município.

Nesta semana, a reportagem do JB irá procurar a diretoria da AABB e a prefeitura para saber a versão de ambos acerca desta grave denúncia constatada.

 

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