Óleo na pista, na BR-277, formou crosta de difícil remoção; caminhão de calcário não foi suficiente para absorção


Por Luiza Rampelotti

Um caminhão de calcário não foi suficiente para cobrir o material na pista, informou a PRF. Foto: Divulgação

Os 40 mil litros de óleo vegetal derramados sobre a BR-277, na região de Morretes, na noite de terça-feira (18), continuam incrustrados na pista. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), será necessário mais um caminhão de calcário para cobrir o material derramado, pois um só não foi suficiente.

O derramamento aconteceu após um caminhão de grande porte, com dois tanques, tombar na pista, no km 37, por volta das 20h30 de terça. Um dos tanques passou por sobre a barreira central, invadindo a rodovia no sentido contrário. Desde então, ambos os sentidos da rodovia se encontram totalmente bloqueados para retirada do veículo, o que aconteceu logo no início da manhã desta quarta (19), e limpeza do material, que segue sendo realizada.

Pela manhã, um caminhão de calcário foi enviado para o ponto da ocorrência, no entanto, conforme a PRF, será necessário a utilização de mais um caminhão do material, pois o óleo depositado formou uma crosta de centímetros e de difícil remoção.

A Polícia Rodoviária Federal informa que não há previsão para liberação das pistas, que se encontram com filas quilométricas em ambos os sentidos. Órgãos como Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, DER/PR e ambientais também estão intervindo no local.

Poluição ambiental

O óleo derramado já atingiu rios da região, como o Carambiú, em Morretes, que amanheceu com uma extensa mancha de óleo conforme publicações feitas pela própria população. O JB Litoral procurou o IAT para saber se o órgão está tomando alguma medida de contenção e análise nos rios devido ao derramamento do óleo.

Até o momento, fizemos um acompanhamento no Rio Carambiú, onde caiu o óleo; o que deu para tirar, tiramos. Agora serão colocadas barreiras de contenção. Não temos notícia de mortalidade de peixe, pois trata-se de óleo vegetal e, onde ele carreou, é um rio que tem muita vazão, então ele se dissipou. Não chegou a atingir vegetação, ficou superficial na água, e estamos tomando as providências cabíveis. Vamos continuar monitorando para, então, partir para a parte administrativa, que são relatórios, autos de infrações etc“, informou ao JB Litoral.  

Vale destacar que o óleo vegetal é altamente poluente, podendo gerar uma série de malefícios ao meio ambiente, como a impermeabilização e a contaminação do solo, entupimento de redes de esgoto e poluição dos lençóis freáticos.

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