Assim como Guaratuba, a cidade de Pontal do Paraná vem trabalhando para criar uma infraestrutura que agrade e concilie a demanda de todos os moradores, donos de imóveis e turistas. O município está, desde junho, realizando uma extensa análise de mudanças e melhorias que impactem diretamente na vida de todos que passem pela área praiana, independente do motivo e da necessidade.
Para entender o que precisa ser feito e decidir como realizar todas as propostas de forma eficiente e prática, a cidade está organizando o Plano de Mobilidade Urbana (PMU), o qual definirá os objetivos e diretrizes para ordenar sua movimentação, rumo à sustentabilidade e à melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.
De acordo com a professora Amanda Christine Gallucci Silva, uma das responsáveis pelo PMU, já há alguns caminhos a seguir. “O Plano vai estabelecer as intervenções necessárias, por meio de propostas e ações, e priorizar o transporte ativo em detrimento do motorizado”, diz.
Amanda também ressalta que muita coisa precisa ser consultada e decidida junto à população. “O Plano de Mobilidade Urbana de Pontal do Paraná está em processo de elaboração por inciativa da Secretaria de Projetos e Planejamento Urbano, representada por Heitor Gonçalves Kayamori e pelo prefeito Rudisney Gimenes Filho e sua vice, a professora Patricia Millo Marcomini. A próxima Audiência Pública do PMU ocorre na quarta (15), às 18h. No evento, será apresentada a versão preliminar das propostas e ações que visam atuar na redução dos conflitos de mobilidade vivenciados no município. O objetivo principal da Audiência é proporcionar um espaço para a população local contribuir com o processo de construção do Plano”, explica.
De acordo com os responsáveis por todo o planejamento, na cidade de Pontal, não são “satisfatórias” as atuais condições do tráfego no acesso principal e dentro do município, principalmente na Rodovia PR-412, entre Praia de Leste e Pontal do Sul, e na Rodovia PR-407, nas proximidades do trevo de entrada.
Atenção às bicicletas e menos congestionamento
A professora explica que são problemas crônicos e que agora é a hora de buscar solução. “Em alguns períodos do dia, especialmente nas épocas de feriados e veraneio, é possível se deparar com quilômetros de congestionamentos que adicionam horas no tempo total de viagem dos motoristas e prejudicam o dia a dia da população e do turismo. Outros pontos que tangem a mobilidade local e que podem ser destacados são a baixa satisfação da população com o sistema de transporte público e a ínfima infraestrutura cicloviária existente”, pondera.
A Audiência ocorre no dia 15 e apresentará 21 propostas, as quais envolvem 66 ações para planejamento a longo prazo, ou seja, em torno de 10 anos. Os temas para discussão são os seguintes:
• Implantação de calçadas nas ruas, que são trajeto do transporte coletivo, no entorno dos serviços básicos municipais e nas ruas de comércio;
• Execução de mais de 56 quilômetros de infraestrutura cicloviária ao longo de todo o município, inclusive nos bairros mais afastados do centro;
• Expansão do trajeto do transporte público e aumento da frequência;
• Implementação de estacionamentos rotativos, nas vias mais centrais, redutores de velocidade e parque semafórico;
• Introdução de binários em vias estruturantes;
• Sinalização viária em todas as vias do município; e
• Implantação de desvios e contorno de acesso ao município, binário, duplicação da PR-412 e implantação de nova rodovia.
Alterações já planejadas têm prazo menor para conclusão
O desvio pelas ruas Noêmio Gabriel Simas, Nelson Medrado e Dom Alfredo Ernesto Novak, proposto a curto prazo, em torno de dois anos, irá compor uma rota alternativa. A modificação ocorrerá tanto para quem vem pela PR-412, no sentido de Matinhos, como para quem quer sair dos balneários de Pontal do Paraná, de modo a evitar o entroncamento das rodovias PR-407 e PR-412.
O Contorno Leste, proposto para médio prazo, de cinco anos, trará uma opção mais fluida para quem sai do município em direção a Curitiba ou Paranaguá. A longo prazo, o prolongamento do contorno desafogará a PR-412, a qual poderá ser municipalizada, transformando-se, assim, em uma avenida revitalizada, moderna, com arborização, estacionamento, equipamentos urbanos e área de convívio social. Para a professora Amanda Christine todos saem ganhando com as melhorias propostas e que podem minimizar exponencialmente as principais reclamações dos moradores e visitantes. “A partir da sua implementação, o PMU contribui para tornar Pontal do Paraná uma cidade mais sustentável e voltada à acessibilidade universal. Isso inclui mais equidade no uso do espaço público de circulação, maior segurança nos deslocamentos das pessoas e uma circulação urbana mais eficiente como um todo, o que melhora a qualidade de vida de seus habitantes e visitantes”, conclui.