Trilhos elevados e buracos transformam passagens de nível em armadilhas


Por Redação JB Litoral

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Não bastasse a situação crítica de algumas ruas e avenidas de Paranaguá, é justamente nos trechos recobertos de asfalto – geralmente onde existem passagens de nível – que residem perigosas armadilhas para veículos leves e pesados. São enormes e profundos buracos feito no asfalto e concreto, trilhos soltos, alguns elevados em relação ao outro e a diferença de espaçamento entre a malha viária que levam risco ao tráfego de veículos, com maior perigo para motocicletas e bicicletas. 

No final de semana a reportagem do JB, mais uma vez, munida de trena registrou os quatro pontos mais perigosos na cidade: as passagens de nível das avenidas Coronel Santa Rita, Roque Vernalha e José Lobo, além do trecho da BR-277, próximo da Rua Manoel Bonifácio, áreas de intensa movimentação portuária.
  Na Avenida Coronel Santa Rita o perigo habita nas duas passagens de nível, com grandes diferenças de espaçamentos e buracos que antecedem a malha viária. Na primeira passagem (vindo do centro) o espaçamento chega de 12,5 a 15,5 centímetros e o desnível do trilho alcança uma altura que varia de 3 a 5 centímetros, o suficiente para cortar o pneu de um veículo. Por sua vez, o buraco existente entre o trilho e o concreto chega a 43 centímetros. Na segunda passagem (vindo do centro) o espaço do trilho no concreto é de 33 centímetros, um buraco que pode danificar a suspensão do carro.
  Na Avenida Roque Vernalha a situação ainda é mais crítica: na primeira passagem de nível (vindo do centro) existe um trilho solto com um desnível de 4,5 centímetros. Na segunda passagem, o espaço entre o trilho e um enorme buraco é de 1,15 centímetros, mais do que suficiente para “engolir” a roda de uma carreta. Na terceira passagem existe um desnível com o solo de 18 centímetros e um desnível no trilho que varia de 3 a 6 centímetros.

José Lobo e BR-277: perigo até para carretas

 Na passagem de nível da BR-277, próxima do armazém da AGTL, o problema ocorre na 1ª e 3ª passagens de nível (vindo de Curitiba). Enquanto na primeira existe um espaçamento entre os trilhos de 14 centímetros, um enorme buraco de 53 centímetros obriga as carretas a avançarem perigosamente para via oposta. O mesmo ocorre na terceira passagem de nível, onde outro buraco de 48 centímetros de comprimento por 2,25 de altura precisa da atenção dos motoristas para evitar sérios acidentes.
 Na Avenida José Lobo são duas passagens de nível que precisam da atenção dos motoristas, quer de veículos leves como carretas. Na primeira, vindo do Rocio, existe um buraco no concreto de cinco metros de comprimento por 7,5 centímetros de altura, que também obriga até mesmo as carretas a desviarem, avançando para pista contrária. No momento da vistoria pelo JB uma carreta desviou o buraco, mas não teve como escapar de uma cratera na segunda passagem de nível de 7,5 centímetros de altura por cinco metros de largura e a roda dianteira ocupou todo o espaço de outro enorme buraco na pista. Por sua vez, a segunda passagem de nível apresenta espaçamento entre os trilhos de 13 centímetros de altura por 19 metros de largura.

Prefeitura diz que manutenção é com a ALL

 A reportagem do JB questionou a prefeitura sobre quem tem a responsabilidade de fazer a manutenção no piso destas passagens de nível e, de acordo com a Secretaria Municipal de Urbanismo, a América Latina Logística (ALL) tem responsabilidade de 15 metros de cada lado da linha férrea, salvo na Rua Samuel Pires de Mello onde houve uma intervenção específica por parte do município. Disse ainda que mesmo não sendo de sua responsabilidade, legalmente falando, a manutenção desses locais é feita periodicamente, bem como a sinalização e pintura do asfalto, segundo informações da Secretaria Municipal de Obras.

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