Núria: jornalista, letrada, chefe da comunicação do 2º maior porto do país […]


Por Publicado 16/03/2020 às 15h56 Atualizado 15/02/2024 às 08h32

Chefe da Comunicação da empresa pública Portos do Paraná, do 2º maior porto do país, Núria Fernanda Tribulato Bianco, é formada em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), com especialização em Comunicação Pública e Imagem pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), Marketing Eleitoral ( UniBrasil) e Marketing Digital (Universidade Positivo). Concursada, ela trabalha na aérea portuária desde 2018.

Núria começou a carreira na rádio CNB, logo após a formação, mas não demorou muito para começar a trabalhar no setor público. “Eu entrei no Governo do Paraná para trabalhar na Secretaria do Estado do Trabalho. Em seguida fui para a Agência Estadual de Notícias e, por mais de 8 anos, fui coordenadora da comunicação do DETRAN”, contou.

Convocada no último concurso do Porto para analista de comunicação, a chefia do setor foi oferecida pelo diretor-presidente, Luiz Fernando Garcia da Silva. “Nós, mulheres, somos em menos de 10% na área portuária. Estamos lutando para termos uma agenda de ações positivas, que abram espaços de debate é que tratem de temas como o assédio e oportunidades iguais. No ano passado, fizemos a “Semana Delas”, uma série de palestras  com conteúdo voltado somente para as mulheres e, esse ano, trabalhamos os diferentes tipos de assédio que existem no ambiente corporativo. São temas delicados, que a comunicação tem a responsabilidade de abordar”.

A assessoria abre um canal de diálogo importante com as funcionárias. “Infelizmente, o assédio ainda existe. Principalmente para nós que trabalhamos em um ambiente masculino. Na faixa do cais ouvimos assovios, os caminhoneiros buzinam, isso é cultural, mas estamos trabalhando para mudar. A diretoria entende  u a importância do tema e dá todo o suporte. Tratamos isso como essencial para promover uma mudança de cultura”, contou. Núria relata que para impor respeito no mercado de trabalho adotou uma postura mais fechada. “Eu tive uma situação de assédio logo que me formei. Na época, achei que era uma brincadeira boba, mas hoje sei que era assédio e, com o tempo, você aprende a se posicionar melhor. Tirando essa situação, tive muita sorte em encontrar ambientes de trabalho seguros e que me deram oportunidades de crescer profissionalmente”, conta.

Além do trabalho, a grande paixão da jornalista é viajar. Ela já passou por mais de 40 países e adora conhecer novas culturas. Os carimbos no passaporte guardam passagens por diferentes continentes. “Cada viagem tem uma história especial, a gente sempre volta diferente do que foi”.

Sobre o 8 de março, ela destaca que é uma data importante para gerar o debate.

“É um dia que fazermos a avaliação do rumo que estamos tomando enquanto mulheres. Quando falamos do Dia da Mulher resgatamos assuntos importantíssimos como o feminicídio, violência física, abuso emocional, situações que nos deparamos no dia a dia, mas nem sempre damos a devida atenção. Então, a data gera este debate, na mídia, no trabalho, em casa.”