O parnanguara mandou recado pelas urnas!


Por Redação JB Litoral Publicado 05/10/2014 às 13h00 Atualizado 14/02/2024 às 03h46

A suspeita campanha Paranaguá no Peito lançada em pleno ano eleitoral pela União das Associações de Moradores de Paranaguá (Umamp), Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Paranaguá e Associação dos Ministros Evangélicos de Paranaguá (Amep), não convenceu o eleitor parnanguara, cansado de ser enganado e usado como massa de manobra pelos políticos locais. 

Afinal, como crer numa campanha pelo voto útil, quando a classe política não se despe da vaidade e nem abre mão de projetos pessoais e abre um leque de 11 opções para Assembleia e seis para Câmara Federal. O eleitor entendeu o recado subliminar que tentou colocar em sua cabeça, mais uma vez, um chapéu de burro.

E a resposta foi dada no dia certo, 5 de outubro, em todas as 295 urnas das duas zonas eleitorais de nossa cidade. Dos 103.220 eleitores aptos ao voto, apenas 69.338 validaram seus votos nas urnas para Câmara Federal e 76.754 para Assembleia. Um total de 17.359 eleitores sequer saiu de suas casas no domingo. Dos que decidiram cumprir seu dever cívico, 14.570 eleitores foram até as urnas para protestar e não votaram em nenhum dos candidatos para Câmara Federal, enquanto 9.107 eleitores também não escolheram nenhuma das opções locais para Assembleia.

Penso que o eleitor, mesmo ciente da necessidade de resgatar a representatividade para cidade e região, decidiram dar uma lição aos candidatos, como se dissessem “não somos mais bobos”.
Os muitos votos aos candidatos de fora, sugere reflexão para os que estiveram na disputa, porque outras eleições virão e se os políticos não entenderem que a união deve começar com eles e por fim ao excesso de candidaturas, Paranaguá continuará sem ninguém que represente o litoral nas esferas de poder.

A ideia utópica de união no litoral e fechar consenso em candidaturas regionais jamais acontecerá. Os sete prefeitos sempre serão órfãos do sistema do poder estadual e federal e não terão como romper os elos com deputados, estaduais e federais, que atendem a região. Assim a única saída ainda é um consenso local e dividir esses quase 70 mil votos válidos em duas candidaturas para deputado estadual e uma para federal, para quem sabe termos a esperança de voltar ao mapa político do Paraná e do Brasil.