O que é prioridade para um gestor de visão?


Por Redação JB Litoral Publicado 09/02/2015 às 10h00 Atualizado 14/02/2024 às 06h31

Desde que foi às bancas em 2009 o JB tem questionado a prioridade administrativa dos gestores que passaram e se encontram no comando da tricentenária Paranaguá. Por conta disto, tem quem insista em nos rotular como jornal de oposição, parcial e até mesmo de cruel, como ocorreu no passado.Por entendermos que os recursos oriundos de impostos das empresas e contribuintes devem retornar ao povo sob forma de obras e uma prestação de serviço público de qualidade, nos vemos na obrigação de questionar atitudes que fogem deste prisma.

Assim foi na gestão anterior com o gasto incompetente dos dólares oriundos do BID que serão pagos com recursos públicos e, agora, com o investimento em asfalto onde não precisa, mas que é extremamente visível aos olhos da população. Enquanto pequenos trechos de pontos essenciais como a rotatória que dá acesso ao Pátio de Triagem do porto é um risco de morte para motoristas e ciclistas, a prefeitura prioriza a melhoria da camada asfáltica da Rua Julia Costa.Não é errado investir na melhora do que ainda está em boas condições de uso e uma simples operação tapa buracos resolveria, mas onde está o senso de prioridade da gestão ao se analisar estas duas situações?Não se trata nem de vestir um santo e descobrir outro, porque um deles além de nu está com sequelas que podem levá-lo a morte muito rapidamente. O mesmo se observou na Avenida Roque Vernalha, onde se reforçou o asfalto e se manteve trechos de paralelepípedo no início da mesma via, na altura da praça da Vila Guarani. Na edição de hoje o JB traz duas licitações milionárias e, até certo ponto, incompreensíveis diante da grandiosidade de determinados itens. Comprar quase R$ 8 milhões em sacos de lixos, quando um aterro sanitário pode ser construído com 20% deste valor é algo difícil de entender. Ou ainda gastar R$ 1,6 milhão em papel sulfite ficando na obrigação de consumir 182 mil folhas por dia, são coisas que é difícil assimilar como prioridade.

Por atos como este que o JB traz, hoje, a grave denúncia dos 500 televisores que estão sem uso no depósito da secretaria de Educação desde 2012, isso sem falar nos ventiladores inativos diante de um calor excessivo que a cidade enfrenta desde dezembro que poderia estar sendo usado nas escolas do município atendendo milhares de crianças da rede de ensino fundamental.
É preciso que os vereadores e o Ministério Público, que possuem as ferramentas necessárias, questionem e levantem a legalidade destas ações, porque se não houver alguém precisa pagar e caro por isto.