OPINIÃO | A prepotência do poder pelo poder!


Por Redação JB Litoral Publicado 03/07/2018 Atualizado 15/02/2024

Nas últimas quatro décadas não houve, na história política da Terra de Fernando Amaro, no comando dos poderes Executivo e Legislativo, pessoas tão desprovidas de condições de exercê-los dentro dos princípios constitucionais exigidos pela nossa Carta Magna. Entre eles, o Princípio da Impessoalidade tem sido rasgado desde 2017 diante dos olhos inertes de quem deveria coibir essa afronta e, mais ainda, sua impunidade.

Apesar de carente de conhecimento e escolaridade, o Prefeito Mário Roque, se valeu de sua sabedoria para gerir o município ao lado de pessoas e servidores com conhecimento suficiente, os quais possibilitaram um salto de qualidade de vida aos parnanguaras. Mesmo com uma postura, às vezes, truculenta, Roque sempre andou com facilidade na tênue linha entre aliados e opositores, sem recorrer a perseguições, armações, intimidações e ignorância. Por esta razão, partiu com o rótulo de prefeito do povo. Seus filhos, porém, quebram o ditado de que a fruta não cai longe do pé e tomam atitudes que, certamente, o patriarca desaprovaria.

Marquinhos Roque que, por tantas vezes, se valeu das páginas do JB Litoral na tribuna da Câmara para cobrar prefeitos anteriores, na semana passada, usou para criticar o troféu Imprensa de Paranaguá. Ele chegou ao cúmulo de acenar pela retirada da premiação, escolhida pelo jornalismo, do Calendário Oficial de Eventos do Município, certamente por ter sido ilustrada a capa da edição com referência à condenação por nepotismo. Ou seja, ficou bravo e, por ser presidente do Legislativo, curvará os vereadores à sua vontade, esquecendo-se de que atingirá o Princípio da Impessoalidade.

Não existe nada pior para uma cidade, estado e país, um governante prepotente que exerça o poder pelo poder, como se Executivo ou Legislativo fosse um brinquedo em suas mãos.

É preciso que se contenha este tipo de postura, pois este ano já ocorreu até atentado a tiros em nossa sede por motivação política, como disse o Delegado Drº Nilson Diniz, na TVCI. A expectativa é de que, na próxima vez, não resulte em uma fatalidade.