Os faróis dos carros na noite do “Corujão da Vacinação” representam as luzes da esperança de um litoral sem Covid


Por Redação JB Litoral

Corujão da vacinação começou as 19h de sexta-feira (16) e encerrou na madrugada do sábado (17). Foto: Divulgação.

A vacinação no Brasil segue lenta, quando comparada com outros países no mundo. O atraso nas negociações, os problemas das relações internacionais, a não participação ativa na questão científica mundial deixaram o nosso enorme País em números absurdamentes vagarosos. Em comparação ao total de doses aplicadas, que leva em conta o tamanho da população de cada país, o Brasil aparece em 73º entre 166 nações e territórios, conforme levantamento publicado no portal de Oxford. O Ministério da Saúde sabe que o Brasil tem capacidade instalada para vacinar mais de 2,4 milhões de pessoas por dia, pois já chegou a aplicar em 18 milhões de crianças na campanha contra a poliomilite, durante o governo de FHC. Mas, desde 17 de janeiro deste ano, o País só superou três vezes a marca de 1 milhão de vacinados em 24 horas, algo absolutamente ineficiente para um país considerado referência mundial na questão da vacinação.

Essa é uma das lutas das prefeituras do litoral paranaense: vacinar o maior número de pessoas em menor tempo! A forma mais segura de controlarmos a pandemia, de minimizarmos a porcentagem de ocupações nos leitos dos hospitais, de diminuírmos os números de infectados e de mortes nas cidades, será somente por meio da vacinação, ainda mais com a população aderindo cada vez menos às medidas de restrições, como divulgado em levantamento do instituto de pesquisa Ipsos. O próprio prefeito de Paranaguá, Marcelo Elias Roque (Pode), que representa os 7 municípios da região, por meio da Amlipa – Associação dos Municípios do Litoral do Paraná, diz abertamente na imprensa que “vacina boa, é vacina no braço da população”. E é por meio dessa essência que a maior cidade populacional do litoral tem atuado na questão da vacinação.

Na última sexta-feira (18), uma ação repleta de emoção tomou conta de Paranaguá, com a idealização do “Corujão da Vacinação”. Com atendimento das 19h até quase 4 horas da manhã de sábado (19), mais de 2.400 doses de imunizantes contra a Covid-19 foram aplicadas em sistema de drive-thru ou presencialmente, na Estação Ferroviária da cidade. A avenida Maximiano da Fonseca, que todos os anos recebe o Carnaval, a festa de vida e da elegria, este ano se tornou o cenário da vacinação e do combate ao vírus, conforme matéria produzida por nossa equipe de reportagem, publicada aqui nesta edição. O prédio, que é símbolo do desenvolvimento histórico de nosso município , que já foi responsável por transportar milhares de pessoas, que passou recentemente por revitalização, foi o local escolhido para nos “transportar” para um futuro sem a doença e por “revitalizar” as nossas esperanças de dias melhores.

Nas redes sociais, foi lindo ver centenas de pessoas com o sorriso no rosto, postando fotos da imunização durante o fim de semana, de filhos, pais, avós, amigos felizes por poderem respirar um pouquinho mais aliviados, por meio da esperança em 0,5 ml de pura ciência. E é por isso que, para nós do JB, que acompanhamos a ação, cada uma das luzez dos faróis dos carros na noite de sexta-feira, no Corujão da Vacinação, representou, além de vários cidadãos da nossa cidade imunizados, a esperança de vermos no futuro um litoral livre, ou pelo menos um pouco mais seguro, contra este vírus que já levou mais de 670 vidas de nossa gente litorânea.

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