Orgulho de ser portuário: paixão que passa de pai para filho no Palácio Taguaré


Por Redação JB Litoral Publicado 09/08/2020 às 00h13 Atualizado 15/02/2024 às 13h57
pai e filho appa

Não são em muitas organizações que pais e filhos têm a oportunidade de trabalharem juntos. Contudo, em Paranaguá esse exemplo pode ser encontrado na atividade portuária, já que a cidade tem, no porto Dom Pedro II, o forte da sua economia.

A empresa pública Portos do Paraná, formada pelos portos de Paranaguá e Antonina, conta com 530 servidores, entre concursados e comissionados que garantem a operação de importação e exportação de todo o tipo de cargas, as quais movimentam a cidade, o estado e país. E lá, é possível encontrar este amor pelo trabalho passando de pai para filho.

Entre alguns exemplos, é o caso do engenheiro mecânico, Antônio do Carmo Tramujas Neto, diretor de Engenharia e Manutenção e funcionário desde 1974. Essas décadas, como portuário, serviram de inspiração para que o seu filho, Cezar Tramujas Neto, tentasse trilhar pelo mesmo caminho. Quando ele, Cezar, começou, seu pai já havia completado 35 anos de serviços prestados à extinta Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina – Appa, hoje, Portos do Paraná. O filho fez o concurso público em 2006 e, depois de aprovado, começou a trabalhar em 2009. “Eu fui criado vendo o porto, os navios, vivenciando essa realidade portuária. Com meu pai, vinha muito ao Taguaré, quando eu era criança”, lembra.

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“Eu fui criado vendo o Porto, vivenciando essa realidade. Com meu pai, vinha muito ao Taguaré, quando eu era criança”

Contador, com grande experiência na área, antes de passar no concurso, ele já havia trabalhado em agências marítimas, empresas de controle de qualidade e de reparos navais. Porém, conta que, quando chegou ao porto, se sentiu realizado, por concretizar o sonho de trabalhar com seu pai, dando sequência ao legado profissional. “Meu pai é um amigo muito querido e para todas as horas. É minha fonte de inspiração. É meu exemplo de caráter, retidão, força e coragem. Ele me ensinou as coisas certas da vida e a sua visão de mundo muito me ajuda a traçar as estratégias das minhas escolhas”, declarou.

Filho entra e o pai está por sair

Outro caso, que o destino e a paixão pela mesma atividade colocaram filho e pai juntos na faixa portuária, é de Marcelo de Almeida Pires Filho que se tornou portuário o ano passado e trabalha como assistente administrativo do Núcleo de Arrendamentos da Portos do Paraná. Já o pai, Marcelo de Almeida Pires, com uma longa carreira que conta com 40 anos de faixa portuária, como engenheiro elétrico, hoje, responde pela Seção de Eletricidade da Diretoria de Engenharia e Manutenção.

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“Meu pai é uma pessoa muito tranquila, muito calma. Essas características ele passa mesmo nos momentos mais tensos e adversos”Foto/Claudio Neves – Portos do Paraná

O filho afirma que trabalhar no porto era um desejo antigo, quase uma herança de família. “Eu já havia tentado outros concursos antes de 2016. Era meu sonho trabalhar no Porto, não apenas porque é a principal empresa aqui da região, mas principalmente porque aqui trabalhou meu avô e trabalha meu padrinho e pai. É um sonho e uma inspiração familiar”, contou.

Mesmo antes de atuar com o pai, Marcelo já admirava as muitas qualidades que observava nele como profissional. “Meu pai é uma pessoa muito tranquila, muito calma. Essas características ele passa mesmo nos momentos mais tensos e adversos. Seja qual for a situação, você olha e vê, um porto de paz e tranquilidade que permitem tomar as melhores decisões”, destaca o filho, que é administrador.

Ele comenta, ainda, que sente muito orgulho quando alguém lhe pergunta: “você é filho do Marcelo, não é?”. Para sua alegria, o questionamento sempre vem seguido de uma série de elogios ao pai.