Para cada 1003 casamentos ao ano, ocorrem 427 separações em Paranaguá


Por Redação JB Litoral Publicado 29/07/2015 às 06h00 Atualizado 14/02/2024 às 08h56

O relacionamento humano é uma das bases da sociedade e isso não poderia ser diferente em Paranaguá. Apesar disso, números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) demonstram que o município é uma terra de “amor e ódio”, visto que, segundo as estatísticas, Paranaguá apresenta um índice maior de divórcios do que o do Paraná e o do Brasil, ou seja, o índice de aproveitamento de casamentos está abaixo da média em solo parnanguara. 

Segundo o IBGE, anualmente há em Paranaguá um total de 1003 casamentos realizados, o que envolve um total de 2006 pessoas que decidem se unir “na alegria e na tristeza, na saúde e na doença”. Apesar disso, o outro lado da moeda apresenta um número alto de divórcios no município: 427 relacionamentos que não deram certo oficialmente. Levando para a porcentagem, o índice de aproveitamento do casamento em Paranaguá é de cerca de 57%, abaixo da média 6,0.

Para se chegar à conclusão de que o índice de divórcios é alto em Paranaguá, basta comparar com os números do Paraná e do Brasil. Em todo o estado, anualmente ocorrem 60.991 casamentos, enquanto a ocorrência de divórcios é de 14.408. Já no Brasil ocorrem 917.344 uniões oficiais e uma estatística de 211.622 divórcios. A comparação, demonstra que o município de 367 anos está acima da média de divórcios no país e no estado pode ser vista no gráfico abaixo: [tabelas]

Antonina está a frente de Paranaguá

Enquanto Paranaguá apresenta um índice alto de divórcios, a vizinha Antonina demonstra estar com “sorte no amor”, algo comprovado com o fato de que anualmente 127 casamentos são realizados no município, enquanto ocorrem apenas 17 divórcios. Já a irmã litorânea Morretes apresenta um índice maior de divórcios anuais: 12 para cada 75 casamentos realizados. Apesar disso, as duas demonstram estar com mais aproveitamento nos relacionamentos do que Paranaguá.

Divórcio sem complicação com nova lei

Um dos motivos para o aumento de separações é a Lei 11.441, de 2007, que facilita a dissolução de famílias sem crianças, não trazendo complicações jurídicas que possam estender um relacionamento que não existe mais. “O casamento não é mais uma definição de vida, é uma tentativa”, diz o psicólogo Joaquim Motta, coordenador do Grupo de Estudos sobre o Amor de Campinas. De acordo com ele, a pessoa melhor preparada para o casamento é também a mais pronta para o divórcio: autônoma e independente, mas que naquele momento escolheu estar na companhia do outro. Ou seja, hoje em dia, para ficar junto, é necessário amor de verdade que faça valer a pena seguir em união, seja em Paranaguá ou em todo o Brasil.