Paranaguá pode receber o 1º Complexo Educacional do Estado para mais de 2 mil crianças em tempo integral


Por Redação Publicado 05/07/2019 Atualizado 16/02/2024
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Na quinta-feira (27), a Deputada Federal Christiane Yared (PL-PR) e a Superintendente de Educação de Paranaguá, Ana Paula Leal Loiola Falanga, se reuniram, na Secretaria Municipal de Educação e Ensino em Tempo Integral (Semedi), para discutir ideias sobre a reforma do Estádio Municipal Poliesportivo Fernando Charbub Farah, o Gigante do Itiberê, localizado na Ponta do Caju. A intenção é fazer com que o local se torne um Complexo Educacional, atendendo à educação infantil integral, com expectativa de convênio com instituições de ensino superior.

Construído, em 2004, com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB), segundo Ana Paula, a realização do estádio, com capacidade para mais de 14 mil pessoas, serão necessários R$ 22 milhões.

Na mesma região, encontram-se o Ginásio Albertina Salmon e o Complexo Olímpico de Natação Nereu Gouvêa, que devem compor, segundo ela, o primeiro e único Complexo Educacional do Paraná. “Quando estes espaços foram criados, a intenção era que, unidos, formassem um centro educacional. Só que quando o estádio foi construído, no planejamento dele não constava a cobertura da arquibancada e, hoje, as salas todas têm infiltração. Nosso desafio, quando assumimos em 2017, foi resgatar este projeto”, conta a superintendente.

Ginásio já está em reforma

Ela explica que a primeira parte da proposta já está sendo concretizada, visto que o Ginásio Albertina Salmon, o maior do Estado, com capacidade para 4.500 pessoas, está sendo reformado, por meio da empresa General Participações e Serviços de Construção Civil Ltda. O contrato para a obra foi assinado em abril deste ano e prevê o valor de R$ 3.722.122,57 para a readequação do local. “Nas Olimpíadas, não conseguimos sediar os jogos porque ele não tinha iluminação correta e cadeiras para o público sentar. Hoje, nele haverá cinco mil cadeiras implantadas, o projeto luminotécnico completo, com mezanino para imprensa, rouparia para vestiário, o telhado completo reformado, manta asfáltica, os banheiros serão revitalizados e, além disto, terá uma fachada nova”, informa. A empresa tem o prazo de sete meses para concluir o serviço. Além disto, já estão em andamento os estudos técnicos para a reforma do Complexo Aquático, que deve ter, primeiramente, todo o telhado trocado e transformado para receber energia solar. O processo de licitação deve acontecer nos próximos meses. Este restauro custará cerca de R$ 3 milhões.

1ª fase de restauro do Estádio

A Semedi também está realizando licitação para a contratação de empresa que realizará a elaboração dos projetos de arquitetura e engenharia para reforma e readequação do Gigante do Itiberê. Apenas esta etapa custará R$ 312 mil e prevê cobertura do estádio, revitalização de todas as salas, cobertura das arquibancadas com estrutura metálica, revitalização da pista de atletismo e mudança da grama natural para a sintética. “Precisamos trocar a grama para sintética porque o estádio foi construído em uma área de mangue e, hoje, já não é possível utilizar agrotóxicos na manutenção da grama natural, pois prejudica o manguezal. Por uma questão ambiental, vamos realizar esta alteração. A grama sintética será certificada pela FIFA e, a partir de então, o nosso time do coração, o xodó da cidade, Rio Branco, também poderá realizar as partidas no local”, explica Ana Paula.

De acordo com ela, a execução destas obras no local deverá ter um custo aproximado de R$ 22 milhões. “O recurso para as outras reformas nós temos, mas para esta, que tem um alto custo devido à complexidade do local, não. Neste valor está contemplada, também, a energia solar para o complexo aquático, que é um projeto caro. Por isto, viemos pedir ajuda à Deputada Christiane Yared, que adotou o Litoral e tem auxiliado a região”, diz.

Yared em busca de recursos

Para a Deputada Yared, a ideia do Complexo Educacional na cidade tem muito potencial. Ela se propôs buscar recursos para a execução da reforma. “A gente quer ajudar a população, cuidar do litoral e, especialmente, de Paranaguá, que é a cidade-mãe do Paraná. Fica o meu comprometimento em levar a proposta para o Ministério da Educação e tentar trazer esta verba para o município. Como o Executivo já tem os projetos prontos, isto significa meio caminho andado na aprovação da emenda. Graças a Deus, estamos com uma abertura fantástica junto ao Governo Federal, para ajudarmos o Estado, pois eles já compreenderam que trabalhamos de uma maneira séria e eles veem o resultado final, então as portas se abrem”, promete. 

Sonho que já está se concretizando

O Complexo Educacional não é apenas um desejo, não é só mais um sonho, pois já está sendo concretizado, visto que a obra se encontra em andamento, com a reforma do ginásio. Quando finalizarmos os três locais, queremos este grande centro educacional, que terá capacidade para atender mais de duas mil crianças em tempo integral”, destaca Ana Paula Falanga.

De acordo com ela, no Brasil, existe apenas um complexo que alia o ensino regular à prática esportiva, chamado Arena Pantanal, em Cuiabá, no Mato Grosso. Este é o primeiro estádio-escola do país e conta com ensino em tempo integral para apenas 315 alunos. “Aqui poderemos atender mais de dois mil alunos, ou seja, temos um potencial muito grande que está vindo, pela primeira vez no Estado, de Paranaguá, no Litoral. Isto valoriza muito nossa região”, diz a superintendente.