Passeios pela baía de Paranaguá proporcionam momentos inesquecíveis


Por Publicado 04/02/2021 Atualizado 15/02/2024

Cercada pela Serra do Mar e pela Mata Atlântica, a baía de Paranaguá é a maior do Estado do Paraná e o berço de uma grande riqueza de espécies da natureza. Além de ser rica em diversidade de fauna e flora, abriga extensas áreas de manguezais e remanescentes da Floresta Atlântica e, por esse motivo, faz parte da Reserva da Biosfera Vale do Ribeira-Graciosa, sendo um território tombado pela Unesco.

Dentro da baía, encontram-se cerca de 30 ilhas, sendo a principal delas a Ilha do Mel, e comunidades pesqueiras, como: Amparo, Europinha, Eufrasina, Piaçaguera, Ponta do Ubá, São Miguel e Teixeira.

É possível conhecer um pouco mais da história e ver de perto toda a sua beleza por meio dos passeios ofertados pela Associação dos Proprietários de Barcos de Turismo e Transporte do Estado do Paraná (Barcopar).

Segundo Heron Brito, um dos diretores da Barcopar, o percurso começa na Rua da Praia, com vista para os casarões, no Centro Histórico, e dura mais de uma hora. “Saímos aqui do Rio Itiberê, passamos pela Ilha da Cotinga, uma das mais importantes, pois foi onde começou Paranaguá e o Paraná, depois conseguimos ver as comunidades pesqueiras, que abastecem o município com pescado e abrangem toda a extensão do Porto, onde é possível ver a logística portuária, o entra e sai dos navios. Além disso, paramos, também, para observar os golfinhos”, explicou Heron.

Heron Brito é um dos diretores da Barcopar (Foto: Maisy Pires/JB Litoral)

Ilha da Cotinga

A Ilha da Cotinga, citada por Heron, é tida como o início da civilização paranaense. Segundo o site da Prefeitura de Paranaguá, o povoamento do litoral do Paraná começou por volta de 1550, e a ilha da Cotinga era um ponto referencial no processo de investigação e buscas de ouro.

20 anos depois, os pioneiros, tendo à frente Domingos Peneda, natural de São Paulo, temido e conhecido como “Régulo e Matador” e considerado o fundador da povoação, conquistaram a margem esquerda do rio Taguaré, conhecido hoje como Itiberê.

Voltando para o passeio…

Depois da curta aula de história, vamos voltar para o passeio. Heron contou ao JB que os barcos saem da Rua da Praia de meia em meia hora. “A cada meia hora sai um barco, mas só sai com, no mínimo, 8 pessoas. É um passeio muito agradável, tanto para casais, quanto para famílias”.

Foto: Maisy Pires/JB Litoral

Ele disse que a Barcopar atua em Paranaguá há 19 anos e a pandemia da COVID-19 afetou a categoria. “Atualmente, temos 26 associados, ou seja, muitas famílias dependem da gente. Tivemos uma queda bem notória nesta pandemia. Mas continuamos aqui e estamos esperando algumas mudanças que o prefeito Marcelo Roque (Podemos) vai fazer”.

Quem quiser desfrutar da baía é só ir até a Rua da Praia, em frente à Praça de Eventos Mário Roque, das 9h às 17h. Adultos pagam R$ 25 e crianças até 8 anos não pagam.

Canoa Havaiana

“O esporte é fundamental para o corpo e para a mente” (Foto: Maisy Pires/JB Litoral)

Quem busca uma atividade física ao ar livre, o Grupo Moana Litoral Canoagem é uma excelente opção. Os integrantes utilizam a canoa havaiana, que tem a sua origem na Polinésia, região conhecida por agrupar ilhas do Pacífico, para percorrer o Rio Itiberê.

Alex Sales, responsável pelo grupo, contou ao JB Litoral que as remadas acontecem em diferentes horários. “Temos os treinos nas terças e quintas, às 17h30, que são importantes para aqueles que querem alto rendimento, pois passamos as técnicas. Mas também temos as remadas de passeios, que acontecem nas quartas, sextas, sábados e domingos, às 4h30 da manhã, onde pegamos o nascer do sol, e às 18h30 acontece a remada noturna. Nos finais de semana os horários são aleatórios”.

Ele ressalta que o esporte é fundamental para o corpo e para a mente. “Além de ser uma atividade física, é uma atividade mental, pois é possível relaxar, curtir a natureza e fazer amizades”.

Os valores variam entre R$ 25/dia e R$ 150/mês. Mais informações pelo telefone 99792-4657 ou nas redes sociais @moanalitoralcanoagem.