Pesquisa feita por professor aponta infestação de ratos em Paranaguá


Por Redação JB Litoral Publicado 04/07/2017 Atualizado 14/02/2024

Uma pesquisa realizada por um professor em Paranaguá, no litoral do Paraná, apontou que a cidade está infestada de ratos.

De acordo com o levantamento, feito em 80% da área urbana, existem 17 ratos para cada morador paranaguense, proporcionalmente. O número é quase quatro vezes maior do que o tolerado pelas autoridades sanitárias para cidades portuárias.

O professor Francisco de Souza diz que percorre a cidade em busca dos roedores há cinco anos. A contagem, parte de uma tese de mestrado, leva em conta o número de tocas de ratos – método estabelecido pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

Em cada toca, existem entre 16 e 22 ratos, segundo a própria Funasa.

“Na literatura, que eu pesquisei, eu estudei, em cidades portuárias seria [aceitável] cinco ratos para cada habitante. Não é comum ver roedor durante o dia, eles têm hábito noturno. Quando você vê durante o dia, isso é um sinal de infestação”.

A explicação para a infestação é que a cidade tem muito alimento para os roedores – quase sempre, grãos derrubados de caminhões que seguem para o porto.

Em virtude da situação, a direção do Porto de Paranaguá passou a manter rotineiras ações para evitar que os ratos se alastrem ainda mais. Desde 2012, armadilhas com venenos foram colocadas pelo pátio dos caminhões, cujo chão é varrido por máquinas todos os dias.

 

Doenças

Os ratos se alimentam também do lixo jogado na rua e, por isso, acabam se espalhando para os bairros. O maior perigo é que esses animais podem transmitir até 30 doenças para os seres humanos.

A mais conhecida delas é a leptospirose, transmitida por meio da urina dos roedores. Os sintomas são febre alta, dores pelo corpo, amarelamento dos olhos e urina escura. Neste ano, sete casos da doença foram confimados em Paranaguá.

“A gente precisa estar bem consciente de que qualquer lixinho vai se juntar com outro lixinho, fazendo um lixão e um grande abrigo e uma grande oferta de alimento. Isso é uma coisa que cada pessoa tem que se conscientizar e tem que ajudar”, comenta a médica Lúcia Rodrigues.

 

Fonte – RPC  -Paraná Acesse o G1 Paraná.