Nesta terça-feira (30), a Polícia Federal deflagrou, nas cinco regiões do Brasil, a Operação Leafdown, uma ação coordenada e robusta destinada ao combate dos crimes de armazenamento e difusão de material de abuso sexual infantil. A operação envolveu cerca de 200 policiais federais cumprindo 40 mandados de busca e apreensão em diversos estados, incluindo Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo.
No Paraná, a Polícia Federal em Paranaguá teve um papel significativo, contribuindo para a ação nacional com a Operação Valedora. Uma equipe de cinco policiais cumpriu um mandado de busca que resultou em uma prisão em flagrante.
A operação resultou em 21 prisões em flagrante e no resgate de uma vítima. “A Polícia Federal alerta aos pais e responsáveis sobre a importância de monitorar e orientar seus filhos tanto no mundo virtual quanto no físico, protegendo-os dos riscos de abusos sexuais. A prevenção é fundamental para garantir a segurança e o bem-estar das crianças e adolescentes”, destaca a PF.
Impacto nacional
De acordo com a Polícia Federal, a escolha de deflagrar a Operação Leafdown de maneira unificada em todo o território nacional visa maximizar o impacto social da medida, demonstrando a relevância de uma atuação uniforme e permanente da Polícia Federal no combate aos crimes cibernéticos. “Além disso, a operação conjunta permite que as autoridades tenham maior controle e vigilância sobre ambientes cibernéticos específicos utilizados para a disseminação de material de abuso sexual infantil. Estes espaços não podem ser vistos como “terra de ninguém” ou “terra sem lei”, e a operação visa reforçar essa mensagem”, informa a PF.
Os investigados deverão responder, conforme suas responsabilidades, pelos crimes de armazenamento e compartilhamento de material de abuso sexual infantil, conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente.
O nome “Leafdown” faz referência ao trabalho investigativo minucioso de derrubada de usuários que operam em ambientes cibernéticos específicos para a aquisição e disponibilização de material de abuso sexual infantojuvenil. Estes arquivos são frequentemente compartilhados com outros criminosos, inclusive em outros países, ampliando a rede de abuso.