‘Somos todos Aquiles’1ª SDP adere movimento em favor de policiais


Por Redação JB Litoral Publicado 21/10/2015 às 17h00 Atualizado 14/02/2024 às 10h36

Ato público realizado em diversas cidades do Paraná, policiais civis da 1ª Subdivisão de Paranaguá aderiram nesta quarta-feira (21), o movimento em solidariedade ao delegado Rubens Recalcatti e de outros sete policiais civis, presos pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em Curitiba.

O delegado Ítalo Cesar Sêga, chefe da 1.ª SDP, ressaltou que a mobilização foi em apoio a manifestação organizada pela Associação dos Delegados de Policia do Paraná (Adepol) e o Sindicato dos Delegados de Policia do Paraná (Sidepol), de repúdio pela maneira como aconteceram as prisões dos policiais. “Essa operação prendeu oito policiais absolutamente íntegros, com grandes serviços prestados a população paranaense e foi motivada pelo depoimento de pessoas suspeitas, no caso de uma morte em confronto. A palavra dos policiais não foi, em momento algum, levada em consideração”, disse.

No início da semana, o delegado Rubens Recalcatti foi solto e, para o delegado Ítalo Sêga, foi uma decisão mais do que justa. “O juiz reconheceu isso nas suas falas dizendo: é importante salientar que se esta diante de um paranaense reconhecido pela população, como um tenaz guerreiro contra a criminalidade instalada. Entao, o juiz já entendeu e acreditamos que nas próximas horas deve ocorrer a soltura dos outros policiais que se encontram injustamente presos”, ressaltou.

O delegado da 1.ª SDP destacou que o primeiro órgão público que garante o direito do cidadão são as delegacias de todo país. Para ele, a manifestação, além de uma forma de protesto, foi para esclarecer à população sobre todos os abusos praticados contra a Polícia Civil. O ato de solidariedade feito diante da delegacia de polícia não interferiu no atendimento à população.

Entenda o caso

O delegado Rubens Recalcatti, da Divisão de Crimes Contra o Patrimônio, da Polícia Civil do Paraná, foi preso na manhã do dia 13 em uma operação do Gaeco e da Promotoria de Rio Branco do Sul. A ação, denominada “Aquiles”, cumpriu mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva.

Houve a apreensão de um revólver calibre 38 sem registro, além de pen drives, documentos e valores em dinheiro. As investigações apuram a morte ocorrida em abril deste ano, na região Metropolitana de Curitiba, em um suposto confronto com a Polícia Civil, quando, supostamente, o delegado e os policiais teriam executado Ricardo Geffer, suspeito da morte de João Dirceu Nazzari, ex-prefeito de Rio Branco do Sul e primo do delegado.

O ex-delegado-chefe da Polícia Civil José Maria Correia, classificou a prisão de Recalcatti e dos outros suspeitos como “midiática” e disse que o ato dessa quarta-feira foi não apenas em defesa às ações da polícia, mas em defesa de toda sociedade. “Não vamos parar nossas mobilizações enquanto todos não estiverem soltos, todos forem absolvidos e tiverem seus casos arquivados”, disse