Paranaguá poderá dar um passo importante na área da saúde familiar com uma proposta apresentada pelo vereador Ezequias Rederd (PODE), mais conhecido como Maré, e aprovada por unanimidade pelos colegas de bancada no fim do mês de agosto. O parlamentar é o responsável pelo Projeto de Lei Nº 6145/2023, que tem como objetivo tornar obrigatória a oferta de exames pré-natais para os futuros pais do município durante a gravidez de suas companheiras.
A proposta, que foi encaminhada para sanção do Executivo com um prazo de 15 dias, a contar a partir do dia 29 de agosto, coloca a saúde masculina em destaque e mostra a importância da participação dos homens em todas as etapas da gestação. Ela também prevê que os parceiros das gestantes tenham acesso a uma série de exames preventivos, incluindo sorologias para hepatites B e C, HIV, sífilis, além de avaliações de glicemia e colesterol.
Além disso, o projeto garante com que homens com mais de 40 anos sejam submetidos ao exame de Antígeno Prostático Específico (PSA), fundamental para a prevenção do câncer de próstata. Serão oferecidas, ainda, orientações aos pais sobre gravidez, parto, pós-parto e amamentação. Essas ações são vistas como um avanço na humanização do período pré-natal.
“Trata-se de um projeto que objetiva incentivar os futuros pais a realizarem exames pré-natais para diagnóstico precoce e tratamento de doenças que poderão afetar a sua própria saúde, a da mulher e a do bebê. O pré-natal do parceiro é uma ferramenta importante, no sentido de conscientizar os homens sobre a importância de participar de todas as fases da gestação da mulher, bem como contribuir para incentivar a população masculina a buscar os serviços de saúde, com enfoque na atenção básica”, descreveu o vereador Maré.
Impacto social e prevenção de doenças
Ao incluir os homens no pré-natal, o projeto também espera criar uma cultura de prevenção e cuidados contínuos, como explica o vereador Maré. “As consultas visam avaliar o estado geral de saúde do pai ou parceiro, devendo ser solicitados os exames de rotina, de acordo com os protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde, como testes rápidos, atualização do cartão de vacinas, conforme calendário nacional de vacinação, orientações sobre a gravidez, parto, pós-parto, amamentação e direitos do pai/parceiro”, ressaltou, informando que o procedimento de consulta foi incluído no rol do Sistema Único de Saúde (SUS).
Caso seja aprovado pelo Poder Executivo, o projeto será regulamentado pela própria Administração Municipal e deverá ser implementado em até 90 dias após a sua publicação. As despesas serão cobertas pelas dotações orçamentárias do Município, garantindo que os serviços sejam acessíveis a todos.