Uma das inovações do Troféu Imprensa deste ano é a estreia da categoria “Melhor Projeto Legislativo”, idealizado pela direção do Jornal dos Bairros, organizador do evento. O vereador Adalberto Araújo (PSB) inscreveu o projeto de emenda de sua autoria ao Plano Municipal de Educação, que irá direcionar as ações e políticas públicas no setor para os próximos 10 anos.
Na redação final do PME aprovado em junho deste ano pela Câmara Municipal de Paranaguá, através da emenda proposta pelo parlamentar, restou proibida a implantação da “ideologia de gênero” e “orientação sexual” nas escolas. “O combate ao preconceito, às discriminações, à homofobia, deve ser trabalhado pela escola e isso ficou assegurado no texto.
O que a emenda que apresentei proibiu é a ideologia de gênero, é a subversão de princípios, é a abordagem da sexualidade nas creches, é o banheiro unissex nas escolas, como temos visto em muitas cidades”, justificou o vereador, lembrando episódio de um município catarinense em que um pai ao buscar seu filho na escola, foi surpreendido ao constatar que a criança estava vestida como mulher em uma aula de orientação sexual.
Ainda segundo Adalberto, “a medida é coerente com o Plano Nacional de Educação, elaborado pelo Congresso Nacional, que também vedou essas práticas”. No Paraná, tanto a Assembleia Legislativa como todas as Câmaras Municipais, estabeleceram restrições semelhantes. “A família deve ter a prerrogativa de educar e orientar a sexualidade de seus filhos, e isso foi compreendido pelos colegas vereadores naquela oportunidade”, finalizou.
Os premiados nas mais diversas categorias serão escolhidos nesta sexta-feira (04), através de votação pelos profissionais da imprensa local, segundo regulamento da organização do evento.
O que é “ideologia de gênero”
A corrente denominada “ideologia de gênero” estabelece a ideia de que o ser humano não nasce homem ou mulher, mas constrói essa identidade ao longo da vida. Afirma que ambos não diferem pelo sexo, mas pelo gênero, e que este não possui base biológica, sendo apenas uma construção socialmente imposta, através da família, da educação e da sociedade.
Essa ideologia defende ainda que o gênero, em vez de ser imposto, deveria ser livremente escolhido e facilmente modificado pelo próprio ser humano. Ou seja, que ao contrário do que costumamos pensar, as pessoas não nascem homens ou mulheres, mas são elas próprias condicionadas a se identificarem como homens, mulheres, ou como um ou mais dos diversos gêneros que podem ser criados pelo indivíduo ou pela sociedade.
Na Suécia, onde a ideologia encontra-se implantada há vários anos, aumentaram consideravelmente as estatísticas sobre violência sexual e pais estão sendo presos por se oporem às metodologias implantadas pelo governo. No Brasil, as expressões “ideologia de gênero” e “orientação sexual” foram retiradas do Plano Nacional de Educação – PNE, após amplo debate no Congresso Nacional.