Pontal contrata empresa e aumenta em 70% equipe que varrerá principais ruas da cidade


Por Flávia Barros Publicado 11/01/2022 às 15h18 Atualizado 16/02/2024 às 23h31
Novo contrato, de R$ 1,7 milhão, passa a valer esta semana e secretário reforça importância da conscientização da população

Começa a valer esta semana, em Pontal do Paraná, o novo contrato da empresa especializada na prestação de serviços de roçada manual, capinada, varrição, rastelamento e destinação final adequada dos resíduos gerados na execução desses trabalhos. Está incluído, também, no “pacote”, o recolhimento dos resíduos (lixo urbano) jogados inadequadamente nessas áreas, os quais serão acondicionados em sacos e deixados para o recolhimento específico, realizado pela empresa H.M.S. Transportes e Locação de Caçambas, que faz a coleta dos resíduos residenciais, parte subordinada à Secretaria de Meio Ambiente.

O serviço subordinado à Secretaria de Obras Públicas é responsável, segundo o edital de licitação, a que o JB Litoral teve acesso, pela manutenção da roçada, rastelagem, capinada e destinação correta dos resíduos gerados na execução dos trabalhos, nas vias, praças, parques, logradouros públicos, passeios, calçadas, valas, meio-fio, cemitérios e demais dependências do Poder Público Municipal; com exceção das Secretarias de Educação, Saúde e Assistência Social.

O serviço tinha o valor máximo estipulado em R$ 1,9 milhão e foi homologado em R$ 1.702,400, menor valor ofertado no processo, pela empresa Camila Venturin Zappellini Paiva, vencedora da licitação e que prestará o serviço por um ano. O processo licitatório foi disputado por oito empresas interessadas. O contrato estipula que o fornecimento de mão de obra, materiais, equipamentos de proteção individual e demais materiais para a completa execução dos serviços são de inteira responsabilidade da empresa contratada.

ÁREA MAIOR

Para entender como irá funcionar o novo contrato e contar as novidades, o JB Litoral conversou com o secretário municipal de Obras Públicas, Pedro Pompilio. De acordo com ele, o modo de trabalho será diferente e em uma área bem mais extensa, em relação ao contrato que vigorou até a semana passada.

Este contrato é bem maior do que o que se encerrou agora. Dividimos o município em quatro grandes regiões e nós vamos ter equipes separadas em cada região trabalhando simultaneamente. Vamos fazer dessa forma, dividindo as equipes para atender às regiões de forma mais rápida e pontual, porque com esse período chuvoso cresce muito rápido a vegetação, mas quando passar esse período conseguiremos fazer uma manutenção melhor do município”, disse Pedro Pompilio.

O secretário também explica que o documento atual contempla mais pontos se comparado ao anterior. “Abrange uma área de 9,5 milhões de metros quadrados de trabalho, divididos até o término do contrato. O atual não tinha o serviço de varrição, apenas o de roçada, já este contempla a varrição em ruas principais, com pavimentação, em todos os balneários, nas que não têm pavimentação, não tem como fazer. Com relação à roçada, vamos abranger uma área bem maior e com mais pessoas trabalhando. Antes eram 20 trabalhadores e agora são 34 divididos entre as quatro regiões, que começarão o trabalho simultaneamente nas quatro áreas, que vão de Monções até Canoas; de lá até Ipanema; de Shangri-lá até Barrancos e de Barrancos a Pontal do Sul”, revelou Pedro Pompilio.

TEMPORADA

Ao ser questionado sobre os impactos da realização dos trabalhos em plena temporada, o secretário garantiu que não haverá problema. “Pela legislação e convenção vigentes, o máximo que o roçador pode realizar é a área com um milhão de metros quadrados por mês. Nos meses de janeiro e fevereiro, chegamos próximos disso, com 900 mil metros. Reduzimos um pouco de março a agosto, que cresce menos a vegetação, e começamos a subir de novo em setembro, outubro, novembro e dezembro, que chega ao pico de um milhão de metros quadrados, porque já é a preparação para a chegada da temporada.”

MAIS POR MENOS

Ainda segundo Pedro Pompilio, no contrato anterior, pagava-se o valor de R$ 0,25 / m², agora, com uma área maior de abrangência, a prefeitura conseguiu diminuir o valor pago para R$ 0,18 / m². O contrato anterior abrangia 1,5 milhão de metros quadrados, por seis meses e, no atual, a área aumentou para 9,5 milhões de metros quadrados de trabalho, pelo período de um ano.

Nós vamos testar essa divisão por setores, porque acreditamos ser mais eficaz, mas se depois de um mês a 45 dias de trabalho vermos que não é o melhor acerto, temos a possibilidade de juntar as equipes em uma só e fazer o serviço no modo ‘arrastão’, como era feito anteriormente”, afirmou o secretário.

CONSCIÊNCIA

O secretário terminou a conversa com o JB Litoral fazendo um apelo à população de Pontal. “A nossa legislação prevê que a destinação final de resíduos de obras e roçada de áreas particulares é de responsabilidade do contribuinte e, atualmente, o município tem uma grande despesa para a coleta e destinação desses entulhos e restos de vegetação que são descartados irregularmente. A forma correta desses resíduos particulares, especificamente, é a contratação de caçambas. O descarte incorreto, além de trazer prejuízos ambientais, gasta recursos que poderiam ser destinados à manutenção e pavimentação de ruas, por exemplo. Em breve, também teremos ecopontos, o que pode facilitar o descarte correto desses resíduos”, concluiu.