Portos do Paraná entrega cerca de 60 toneladas de alimentos nas ilhas do litoral


Por Redação JB Litoral Publicado 17/12/2020 Atualizado 15/02/2024

A Portos do Paraná, em parceria com o Governo do Estado do Paraná e Defesa Civil, está realizando a entrega de cestas básicas para comunidades que estão isoladas nas ilhas de área de abrangência dos portos de Paranaguá e Antonina.

A ação envolve seis barcos e está sendo coordenada pela Diretoria Empresarial da Portos do Paraná. Além disso, conta com colaboração do Corpo de Bombeiros, Polícia Ambiental, Prefeitura Municipal de Paranaguá e de Guaraqueçaba.

Já receberam a doação, nessa terceira etapa de distribuição, moradores da Ilha do Mel – em Encantadas 307 cestas; em Brasília, 280; na Ponta Oeste, 20; Ilha das Peças (150), Superagui (107), Maciel (35), Piaçaguera (53), Amparo (108), São Miguel (94), Ponta do Ubá (48) Eufrasina (68) e Teixeira (56).

Ao todo, a Portos do Paraná foi a responsável por entregar cerca de 60 toneladas de alimentos em logística que envolveu dezenas de barcos e pessoas. E o número deve crescer.

Em entrevista ao JB Litoral, o diretor empresarial da Portos do Paraná, André Pioli, falou sobre a preocupação com a economia e a sociedade como um todo. “Quando a pandemia realmente chegou ao nosso Estado ficou evidente que a primeira preocupação era com o vírus. Porém, sabíamos que muitos outros setores, da economia e da sociedade como um todo, seriam fortemente atingidos”.

Pioli explicou que a ação tem como objetivo atender as famílias que foram atingidas pela pandemia. “Os pescadores e as comunidades das ilhas da baía de Paranaguá precisavam ser atendidas de alguma forma. Explicamos ao governador Ratinho Júnior a gravidade da situação e o que poderia ser feito de imediato. Ele determinou então esta ação de entrega das cestas básicas à todas as famílias que, direta ou indiretamente, foram atingidas pelos efeitos da pandemia”, disse o diretor.

“Estamos utilizando a logística da Portos do Paraná para realizar a distribuição dessas cestas, tomando todos os cuidados necessários, respeitando as medidas de segurança contra a COVID-19. A iniciativa é uma maneira do Estado e dos nossos portos mostrarem às comunidades que elas têm direito à cidadania, são importantes e fundamentais na cultura caiçara, na economia local e para todos nós”, finalizou.

Comunidades agradecem

“O pessoal está começando a caminhar de novo, ficamos muito tempo parados. A comunidade recebe essa ajuda de braços abertos, vai ajudar na economia das famílias”, disse Jennifer Valentim, presidente das Emílias – União das Mulheres da Ilha, entidade que existe desde 1999 e agrega todas as mulheres da Ilha do Mel.

Para Michele Gonçalves Santos, outra mulher forte da Ilha do Mel, presidente da Associação dos Nativos da Praia Grande/Ponta Oeste, essa ajuda está sendo de grande valia. “Todas as famílias receberão as cestas. Vamos atingir todos, seja morador, nativo, funcionários, todos serão abençoados”, confirma Michele. Participam da entidade cerca de 500 pessoas.

Na Ilha das Peças, o espírito também é de agradecimento. “Temos mais que agradecer ao governador, a Defesa Civil e a Portos do Paraná. Esse está sendo um bom governo para nós, que enxerga a dificuldade que a população da Ilha das Peças sente”, afirma Ciro Pereira, presidente da Associação de Moradores do local, onde residem 137 famílias.

Manoel Ferreira Machado, que representa a comunidade de Eufrasina e mora há 12 anos na ilha, recebe a cesta pela terceira vez. “É a terceira vez que recebemos as cestas, mas dessa vez, a importância é ainda maior, já que estamos no final do ano, Natal, esse alimento é uma alegria muito grande para nós“.

Antônio de Paula Xavier, presidente da Associação dos Moradores da ilha do Teixeira, fez questão de promover uma reza antes de começar a distribuição dos alimentos. “Somos 45 famílias nativas. Época muito difícil, peixe escasso, sem turista, tem que pagar as contas… Peço a Deus que pare a pandemia, por enquanto agradeço ao porto, ao governo e todos os envolvidos, de coração, pelo auxílio, muito bem-vindo”, diz Xavier.

Morador e pescador no Maciel, Gilson da Silva Lara lembra que a melhor parte é de receber a doação em casa e não precisar ir ao supermercado. “Assim ainda evitamos o risco do contágio”, ressalta.

Com informações da Portos do Paraná