Portos do Paraná retoma monitoramentos para seguir com derrocagem da Palangana


Por Marinna Prota Publicado 23/08/2021 Atualizado 16/02/2024

Depois de ganhar a permissão, novamente, na justiça, a empresa pública Portos do Paraná retomou as atividades de monitoramento ambiental, engenharia e comunicação relacionadas à obra de derrocagem da “Pedra da Palangana”, em Paranaguá. Apesar das contestações feitas via judiciário, a empresa conseguiu comprovar que segue todos os pré-requisitos para que a operação seja feita de maneira segura e com menor impacto ambiental possível.

No acesso ao porto, na altura da Pedra da Palangana, embarcações e boias já estão posicionadas, para a testagem dos equipamentos de proteção que serão utilizados. Na sexta-feira, foram feitos testes da cortina de bolhas, medida de mitigação que será utilizada durante as obras. Essa cortina tem como objetivo atenuar a propagação da onda de pressão na coluna d’água, buscando mitigar os possíveis impactos do desmonte das rochas à fauna local.

Monitoramento ambiental

Desde segunda-feira (16), foram reiniciados os monitoramentos ambientais. Os programas incluem o monitoramento da comunidade planctônica, bentônica, ictiofauna, carcinofauna, cetáceos e quelônios, além do tamponamento das tocas localizadas na Pedra, do monitoramento de ruídos aquáticos e a comunicação social. Novas visitas foram feitas às comunidades pesqueiras para esclarecer possíveis dúvidas restantes, iniciadas na sexta-feira (20), na Vila Guarani e Ilha dos Valadares.

Além da continuidade dos demais programas de monitoramento, durante a obra ainda haverá acompanhamento da variação de pressão da coluna d’água. Antes de cada desmonte, durante a noite, redes de pesca serão colocadas próximas às rochas e os peixes capturados serão transferidos para longe do local das obras.

Mergulhadores também vão verificar a presença de animais e tocas, seguindo todos os cuidados para garantir-lhes bem-estar e segurança. Observadores de bordo farão o avistamento de botos e golfinhos antes e durante as obras. Se um animal se aproximar a uma distância inferior a 1.000 metros da obra, essa será paralisada.

OBRA

A área de desmonte das rochas está localizada no canal de navegação, sendo destinada para acesso dos navios ao porto e, por motivos de segurança, a pesca é proibida pela Marinha. Ainda assim, todas as prevenções para evitar acidentes serão adotadas e as atividades terão o apoio da Capitania de Portos para evitar o fluxo de pequenas embarcações nos momentos de desmonte.

A obra será realizada para subtrair um volume de 22,3 mil metros cúbicos das formações rochosas, o que corresponde a 12% do total da Pedra da Palangana. A ação está licenciada pelo Ibama (licença de instalação 1144/2016, da dragagem de aprofundamento de 2017). Todo o processo deve durar cerca de oito meses. A obra compreende a mobilização dos equipamentos, perfuração, desmonte e remoção das rochas.

Um site foi criado para esclarecer dúvidas, para acessá-lo basta clicar aqui.

Com informações da Portos do Paraná