Com dragagem concluída, cada navio pode movimentar 4 mil toneladas a mais no porto de Antonina


Por Flávia Barros

Porto de Antonina tem ganho operacional após conclusão das obras de dragagem. Foto: Claúdio Neves/ Portos do Paraná

Um ganho de 50 centímetros no calado (profundidade em que as embarcações podem ficar submersas na água, quando carregadas) e todos os benefícios que isso traz para a atividade portuária: esse foi um dos aspectos divulgados na última terça-feira (29) pela Portos do Paraná, que atualizou a Norma de Tráfego Marítimo e Permanência nos Portos de Paranaguá e Antonina. O aumento do calado operacional do porto de Antonina, com berços, bacia de evolução e canal de acesso dragados, resultando no ganho de 0,5 metro, foi o principal ajuste.

Maior capacidade de carga


Com a alteração, o calado passou de 8,5 metros para 9 metros, em Antonina. Assim, os navios podem entrar ou sair mais carregados, o que garante mais atratividade para o local.

Por contrato, é nossa reponsabilidade manter o canal de acesso e bacia de evolução do porto de Antonina dragados e adequado às dimensões. Esses 9 metros são mais um avanço que conquistamos em parceria com a Praticagem, as empresas de rebocadores e a Marinha do Brasil”, explica o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

Ainda segundo Garcia, o ganho representa mais carga e menor custo para os usuários do porto de Antonina. “Estamos desenvolvendo, cada vez mais, não apenas Paranaguá, mas também Antonina, garantindo melhores condições e mais oportunidades de negócios”, completa.

Gigantes no Ponta do Félix


Nos dois berços de Antonina, onde opera a empresa arrendatária Porto Ponta do Félix, podem atracar navios de 200 metros de comprimento (LOA) e 34 metros de largura (boca).

O aumento do calado representa, pelo menos, 4 mil toneladas a mais em cada navio. Isso tem um impacto enorme na arrecadação do município, geração de mais renda e trabalho dentro da atividade portuária, e chega até o setor produtivo”, afirma Gilberto Birkhan, presidente do Porto Ponta do Félix.

Dragagem + condições da maré


De acordo com o diretor de Engenharia da Portos do Paraná, Victor Kengo, a aprovação do novo calado é resultado da última campanha de dragagem, aliado ao estudo da Praticagem sobre as condições de maré.

Em junho, concluímos a dragagem de manutenção do acesso à Antonina. Seguindo a nova norma estabelecida, que governa as manobras com calado de nove metros, torna-se obrigatório que os navios fundeiem até obterem condições adequadas de corrente, vento e maré para as manobras de atracação”, afirma. Ele ressalta, ainda, que a empresa arrendatária assume a responsabilidade pela dragagem dos berços.

Trâmites


Concluídas as atividades de dragagem, a autoridade portuária submete o pleito à Marinha do Brasil, por meio da Capitania dos Portos do Paraná (CCPR), que analisa o mérito, podendo pedir auxílio à Praticagem local.

Com a dragagem, o calado passou de 8,5 metros para 9 metros, em Antonina. Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

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