Pavimentação da Estrada Boiadeira avança e consolida Paranaguá como uma das principais portas de saída para a produção nacional

A pavimentação completa da Estrada Boiadeira (BR-487), aguardada há décadas pela população, é vista como uma das mais estratégicas obras rodoviárias do Paraná, devido à sua importância na conexão com Mato Grosso do Sul e países vizinhos. Na última sexta-feira (16), a tão esperada obra finalmente saiu do papel, com o Governo Federal anunciando a assinatura da ordem de serviço, que prevê um investimento de R$ 322 milhões. Essa modernização não apenas consolida o porto de Paranaguá como uma das principais rotas de escoamento da produção nacional, mas também promete facilitar, agilizar e reduzir os custos de transporte entre mercados produtores e consumidores.

A BR-487/PR, que conecta Naviraí, no Mato Grosso do Sul, a Ipiranga, no Paraná, desempenha um papel fundamental no escoamento da produção agrícola de uma das regiões mais produtivas do país. A conclusão do último trecho da rodovia, que liga o distrito de Serra dos Dourados, em Umuarama, a Cruzeiro do Oeste, será essencial para a eficiência logística. Este segmento, com 37,16 km de extensão, contará com faixas de tráfego de 3,60 metros, acostamentos de 2,50 metros, 16,96 km de terceiras faixas em rampas críticas, cinco interseções com rodovias estaduais e estradas vicinais, cinco viadutos, passagens inferiores e duas pontes sobre o Ribeirão Piava e Ribeirão Corimbatá. A infraestrutura permitirá o transporte ágil e eficiente de grãos, especialmente soja, até o porto de Paranaguá, um dos principais pontos de exportação do Brasil.

Paranaguá como centro logístico estratégico

“Com a pavimentação da Estrada Boiadeira, teremos uma redução no deslocamento entre as cidades de Naviraí, no Mato Grosso do Sul, e aqui, em Paranaguá. É mais uma medida para garantir a infraestrutura necessária para escoar a produção de forma eficiente, rápida e segura, impulsionando o crescimento da economia e criando novas oportunidades de negócios”, diz Luiz Fernando Garcia, diretor-presidente da Portos do Paraná, ao JB Litoral.

A expectativa é que o projeto, integrante do Novo PAC e indicado pelo Governo do Paraná no ano passado, traga um impacto significativo para a região. “O primeiro lote da obra, uma conquista do governador Ratinho Junior em seu primeiro ano de gestão, contou com um investimento de R$ 281 milhões, financiado pela Itaipu. Este lote conecta o distrito de Porto Camargo, no município de Icaraíma, na divisa com o Mato Grosso do Sul, ao distrito de Dourados, em Umuarama, com uma extensão de 47 quilômetros. A segunda etapa, agora anunciada, irá ligar a Serra dos Dourados a Cruzeiro do Oeste, conectando-se ao lote 1 e a um trecho já existente que se estende até Campo Mourão. Esta rota é parte do projeto rodoviário do Corredor Bioceânico, um antigo sonho dos países do Mercosul de interligar os oceanos Atlântico e Pacífico por meio de um corredor rodoviário, que começa nos portos brasileiros de Paranaguá e Santos e se estende até os portos do norte do Chile, atravessando Paraguai e Argentina”, destaca o Governo do Estado.

A melhoria das condições de transporte promete:

• Aumento da produtividade do agronegócio: com o transporte mais eficiente, os produtores rurais poderão escoar sua produção com mais rapidez e menor custo, aumentando a rentabilidade.
• Redução dos custos logísticos: a pavimentação da estrada vai reduzir o desgaste dos veículos, diminuir os gastos com combustível e manutenção e tornar o transporte mais seguro, beneficiando os transportadores.
• Fortalecimento do porto de Paranaguá: com o aumento do fluxo de mercadorias, o porto se consolida como um dos principais pontos de exportação do país, impulsionando a economia e criando novas oportunidades de negócios, principalmente para o setor portuário e a cadeia logística.