Portos de Paranaguá e Antonina alcançam feito inédito com crescimento de 12% no primeiro quadrimestre de 2024

Os portos de Paranaguá e Antonina fecharam 2023 com um feito inédito: a movimentação de mais de 65 milhões de toneladas de cargas, um recorde absoluto que consolida o estado como um dos principais polos logísticos do Brasil. Essa conquista foi impulsionada, em grande parte, pelas exportações de grãos – especialmente de soja e de milho – para a Ásia, e pela importação de fertilizantes, representando 25% do total importado pelo país.

O bom desempenho se estendeu para o primeiro quadrimestre de 2024, com mais de 21 milhões de toneladas movimentadas, um crescimento de 12% em relação ao mesmo período do ano passado. Somente em março, foram movimentadas quase 6 milhões de toneladas, marcando o oitavo mês consecutivo de recordes para os portos paranaenses.

“Entramos no segundo trimestre com perspectivas muito boas, impulsionados pelos resultados positivos dos primeiros quatro meses do ano. O nosso objetivo é continuar investindo em infraestrutura, tecnologia e segurança para oferecer aos nossos clientes um serviço de alta qualidade e garantir a competitividade dos nossos portos no cenário nacional e internacional”, afirma Luiz Fernando Garcia, diretor-presidente da Portos do Paraná.

Números que impulsionam o crescimento

• Granel sólido – O aumento no embarque de açúcar a granel foi um dos destaques, com aproximadamente 2 milhões de toneladas movimentadas, um crescimento de 119% em relação ao mesmo período de 2023. Esse aumento se deve, em grande parte, à crescente demanda por açúcar brasileiro no mercado internacional, impulsionada pela produção recorde da safra brasileira.
• Carga geral – O setor registrou um aumento expressivo tanto na importação quanto na exportação, totalizando mais de 5 milhões de toneladas, 38% a mais que no mesmo período do ano passado. Esse crescimento se deve, principalmente, ao aumento da demanda por produtos industrializados e bens de consumo, impulsionado pela recuperação da economia brasileira e pelo crescimento da atividade industrial.
• Fertilizantes – A importação de fertilizantes continua em alta, com mais de 3 milhões de toneladas movimentadas de janeiro a abril; 4% a mais que em 2023. O aumento da demanda por fertilizantes é impulsionado pelo crescimento da produção agrícola brasileira, especialmente a produção de grãos, que demanda grande quantidade de fertilizantes para manter a produtividade.
• Contêineres – O porto de Paranaguá movimentou mais de 500 mil TEUs no primeiro quadrimestre, consolidando-se como um dos terminais de contêineres mais eficientes do país. Essa performance se deve aos investimentos em infraestrutura, tecnologia e automação, que permitem a movimentação rápida e eficiente de contêineres, garantindo a competitividade do porto no mercado nacional e internacional.
• Porto de Antonina – O Porto Ponta do Félix registrou um crescimento de 96% na movimentação de cargas no período, totalizando mais de 705 mil toneladas. Esse crescimento se deve, principalmente, ao aumento da movimentação de granéis sólidos, como madeira e minério de ferro, e à crescente demanda por serviços de apoio à indústria naval e offshore.

Olhando para o futuro

Além disso, Luiz Fernando Garcia da Silva destaca a importância do modal ferroviário para o sucesso dos portos, com um aumento de 19% no volume de granéis sólidos transportados por trem no primeiro quadrimestre.

Segundo o diretor-presidente da Portos do Paraná, a empresa pública investe em projetos para ampliar a capacidade de movimentação de cargas, modernizar a infraestrutura e aumentar a competitividade dos portos. Entre os investimentos em andamento, destacam-se a modernização da infraestrutura ferroviária e rodoviária do porto de Paranaguá, com o Projeto Cais Leste, também conhecido como Moegão, que prevê o aumento da capacidade de recepção ferroviária de granéis de 7 para 24 milhões de toneladas anuais. Este projeto eliminará a necessidade de locomotivas e vagões realizarem manobras complexas, além de melhorar a circulação viária na região portuária, reduzindo de 16 para 5 o número de cruzamentos da linha férrea com as vias urbanas, o que deve resultar em uma diminuição significativa no tráfego de caminhões. Além disso, está em curso a ampliação do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) e a construção de novos armazéns, entre outros projetos.

“Estamos trabalhando para oferecer aos nossos clientes um serviço de alta qualidade, com foco em segurança, eficiência e sustentabilidade. Os portos paranaenses têm um papel estratégico para o desenvolvimento do país e estamos comprometidos em garantir a competitividade e a prosperidade da região”, conclui Luiz Fernando Garcia.