Portos do Paraná adota padrão inédito de segurança para operação em condições meteorológicas extremas


Por Luiza Rampelotti

Esta é a primeira vez que a empresa pública define um padrão mínimo de segurança que deve ser seguido pelas empresas operadoras nos portos de Paranaguá e Antonina. Foto: Portos do Paraná

Em resposta ao aumento de eventos meteorológicos extremos que têm afetado o Brasil e o mundo, a Portos do Paraná estabeleceu novas regras de segurança para proteger trabalhadores portuários durante condições climáticas adversas. Esta é a primeira vez que a empresa pública define um padrão mínimo de segurança que deve ser seguido pelas empresas operadoras nos portos de Paranaguá e Antonina.

Thales Trevisan, gerente de Meio Ambiente da Portos do Paraná, destacou a importância das novas diretrizes. “Temos visto o aumento de eventos meteorológicos extremos, não só aqui no Paraná, mas no Brasil e no mundo como um todo. Pensando nisso, estabelecemos limites de padrões aceitáveis para a segurança das operações e realizamos um workshop com os operadores portuários para discussão sobre as medidas”, explicou.

As novas regras especificam que rajadas de vento superiores a 50 km/h e a proximidade de raios a menos de 15 km de distância acionam o sinal vermelho de riscos para os trabalhadores portuários. Nessas condições, as operações e serviços devem ser interrompidos temporariamente. As medidas buscam proteger os trabalhadores durante vendavais, ciclones, tornados, tempestades de raios e granizo.

O Píer Público de Graneis Líquidos (PPGL), que movimenta derivados de petróleo, óleos vegetais e outros líquidos a granel, terá uma regra ainda mais restritiva. Devido ao risco de acidentes nos sistemas de conexão entre o píer e os navios, o limite máximo de vento permitido é de 37 km/h. Trevisan esclareceu que, “caso esses limites de condições de tempo sejam superados, a operação deve ser temporariamente paralisada, visando a segurança de todos”.

Os principais riscos associados a eventos climáticos extremos incluem acidentes com pessoas e veículos, além de danos a cargas e equipamentos. Para mitigar esses riscos, a orientação de segurança estabelece que a atividade deve permanecer suspensa por uma hora após a cessação das condições meteorológicas extremas, conforme definido no Procedimento Operacional publicado.

Além disso, todos os usuários dos portos devem ficar atentos aos avisos de mau tempo e acompanhar a previsão e o monitoramento meteorológico. Uma ferramenta recomendada é o aplicativo da Estação Meteorológica Online Plugfield, que permite consultar dados climáticos em tempo real. Através do login “comunidadeportuaria.pr” e da senha “comunidadeportuaria”, os usuários podem monitorar as condições climáticas e adotar as medidas preventivas necessárias.

*Com informações da Portos do Paraná

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