Durante o mês de outubro, a empresa pública Portos do Paraná realizou diversas atividades socioambientais com moradores das ilhas e cidades localizadas no litoral do Estado. Uma delas foi o curso de pesca esportiva voltado para pescadores e profissionais de turismo nas cidades de Antonina e Paranaguá. Trinta pessoas realizaram o curso que foi concluído no final deste mês.
O diretor de Meio Ambiente da Portos do Paraná, João Paulo Santana, explica que o objetivo do curso de pesca esportiva foi trazer uma nova possibilidade de fonte de renda aos pescadores, para que, com o tempo, possam realizar outra atividade que não apenas a pesca e o extrativismo. “O treinamento auxilia no atendimento ao público e traz conhecimentos específicos legais que os pescadores geralmente desconhecem, permitindo um início de mudança em suas formas de fontes de renda, convergindo para atividades que possibilitem uma nova realidade no complexo estuarino, voltadas também para o turismo”, destacou o diretor.
O coordenador de Comunicação, Educação e Sustentabilidade da empresa pública, Pedro Pisacco, ressalta que houve uma diferença de perfil entre os alunos das duas turmas. “A gente começou o curso lá em Antonina, em uma parceria com a colônia de pescadores. O pessoal que fez o curso lá era, em geral, formado por homens, e que trabalham com a pesca artesanal. Em Paranaguá, nós fizemos uma parceria com a Associação de Barqueiros (a Barcopar), um público mais voltado para o turismo, com uma presença feminina mais marcante”, comentou Pisacco.
“Nós somos pescadores artesanais e muitos de já têm condições de levar o pessoal na pesca esportiva, alguns aqui da Colônia já trabalham com o turismo de pesca e esse curso vem favorecer o nosso trabalho”, disse o Sr. Ademir Costa Freire, presidente da Colônia de Pescadores Z-8 de Antonina.
Oportunidade
Para a secretária de Turismo de Antonina, Sindy Calisto Castro, o curso possibilita mais uma oportunidade de renda. “É muito interessante esse curso para a realidade da comunidade dos pescadores de Antonina. São mais oportunidades de renda e mais conhecimento para eles. É muito bacana essas aulas e o diálogo entre a comunidade e o porto”.
O presidente da Barcopar ressaltou a importância do curso em um setor que possui demanda frequente ao longo do ano. “Sempre é bom a qualificação, tanto para a gente quanto para o serviço que prestamos ao turista. No final de semana levamos entre 150 a 200 pessoas para a pesca esportiva na nossa Baía de Paranaguá. Estamos recebendo muitas família e mulheres, inclusive no mercado de trabalho de pesca esportiva”, destacou Britto.
Karina Farias é uma das alunas do curso e atua como condutora de turismo de aventura há 10 anos oferecendo serviços entre canoa havaiana, raft, passeio de caiaque, stand up paddle e rapel. “O curso está sendo de grande valia, estou conhecendo muito sobre a modalidade que até então eu não tinha conhecimento, o uso dos anzóis, das varas de pesca. As aulas também são muito importantes para nos instruir a como conduzir as pessoas que vêm conosco”, comentou Farias.
“Eu trouxe noções sobre legislação, ordenamento da atividade. Embora eles já pratiquem muito, nem todos conheciam, por exemplo, as normas, a legislação. Eu trouxe informações técnicas de como a atividade é praticada pelos clientes deles. Falamos um pouco de relacionamento humano, de segurança na atividade e de como eles podem melhorar os serviços que já desenvolvem”, reforçou a professora do Igarapesca e instrutora do curso, Milena Ramires.
Salvando árvores da extinção
Outra ação socioambiental realizada pela empresa pública concluída este mês foi o plantio de árvores raras nas ilhas do litoral do Estado. De setembro a outubro a Portos do Paraná plantou 150 mudas nas comunidades de Amparo, Eufrasina, Europinha, Piaçaguera e Teixeira.
A ação faz parte do projeto “Salvando Árvores da Extinção” é uma iniciativa conjunta do Ekôa Park, um parque de experiências ecológicas em Morretes, e do Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental, em Florianópolis (SC), com o apoio da Portos do Paraná. Além da participação dos adultos, os alunos do Colégio Estadual do Campo Antônio Paulo Lopes, da Escola Municipal do Campo “Eufrasina” e da Escola Municipal do Campo “Piaçaguera” também estiveram presentes.
Uma das mudas plantadas foi da espécie baguaçu (Magnolia ovata), também conhecida popularmente como pinha-do-brejo, uma árvore nativa e restrita ao Brasil, que ocorre na Mata Atlântica e no Cerrado. Com 10 a 20 metros de altura, a espécie se destaca por sua multifuncionalidade, sendo pioneira na restauração ecológica pela raridade e adaptação ao ambiente. O baguaçu produz uma grande quantidade de frutos que servem de alimento para as aves e as flores atraem as abelhas.