TCP conclui, em março, obras que o colocam em novo patamar

Instalação de mais guindastes e tomadas para conteineres refrigerados, além do serviço de cabotagem e de um aplicativo de acesso


Por Redação
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Obras de ampliação, principalmente com milhares de tomadas para contêineres refrigerados e 11 novos RTGs, aumentaram consideravelmente a capacidade operacioanal do TCP. oto: Rodrigo Felix Leal/SEIL
 

A posição de maior estrutura da América Latina para cargas refrigeradas está sendo consolidada pelo Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), neste mês de março, com a finalização de uma série de obras que ampliam a capacidade operacional e as condições para recebimento de mais demanda. A expansão inclui mais tomadas para os chamados reefers (contêineres refrigerados) e novos guindastes para a movimentação de cargas e se soma ao início da oferta de serviços de cabotagem, que começou no mês passado, e à utilização de um aplicativo que agiliza o acesso às instalações.

A principal novidade é um aumento exponencial na rede elétrica para manter em pleno funcinamento os conteineres refrigerados. “Sempre falamos em estratégia de investimento em novos equipamentos e melhorias de estrutura. Mas essa estratégia tem um objetivo, que é a satisfação do cliente em seu atendimento. As 25.200 tomadas reefer são um número, mas o que representam? Maior flexibilidade para o cliente”, afirmou o gerente comercial do TCP, Giovanni Souza.

O executivo concedeu entrevista exclusiva ao JB Litoral direto do estande do TCP na 28ª Intermodal South America, em São Paulo, e falou das principais estratégias de modernização e ampliação da área portuária e do serviço prestado aos clientes, a maioria do setor do agronegócio. A empresa se antecipou às necessidades, já que chegou a operar na linha de 80% da capacidade. “O investimento sempre é feito pensando não somente no hoje, mas nos próximos cinco ou dez anos. Já tivemos dois aumentos, dos 3.624 para 4.200 e, depois, para 4.800. Agora, vamos entregar a  última etapa, que vai ser de 5.200 tomadas”, destaca Giovanni.

A nova oferta dará mais segurança e atratividade para que o cliente use o porto de Paranaguá para escoar sua produção. A procura por armazenamento de contêineres refrigerados cresceu 19% no ano passado. “Viemos num crescimento constante desse segmento, que é o principal produto exportado e movimentado hoje pelo TCP. Se movimentamos 35 mil contêineres, 23 mil de exportação, o reefer está representando 11 mil. Então, 50% de exportação do terminal é reefer”, explica.

Guindastes


Giovanni explica que a orientação do setor comercial do TCP é entender as particularidades de cada cliente. “Às vezes, o que tem valor para um cliente não é a mesma coisa para o outro. Um cliente armazena muito, o outro não armazena tanto, mas quer ter uma operação muito mais ágil”, exemplifica o gerente comercial.

Outra novidade que o TCP apresentou aos clientes na Intermodal em São Paulo foi o aumento de 29 para 40 RTGs (Rubber Tired Gantry) para facilitar movimentações e empilhamentos de contêineres. “Isso traz uma operação mais ágil. O caminhão entra e sai mais rápido do TCP. E esse já é o primeiro benefício quando falamos de clientes. Porque o cliente não é só o exportador ou armador, dono do navio, mas também o caminhoneiro, a transportadora. Esse ganho de tempo é muito importante”, destaca.

Giovanni explica em números o que as melhorias do serviço, incluindo os 11 novos RTGs, significam: o tempo do caminhão ao descarregar no TCP caiu de uma hora a 50 minutos para 40 minutos. “São 20 ou 10 minutos. Mas pense nisso ao longo de um mês, em quantas viagens esse caminhão fez. Quantos caminhões essa transportadora tem? Quanto tempo foi economizado? Isso é um pátio mais eficiente, que consegue movimentar mais rápido e ganha em produtividade de navio. Assim, vou ter um armador mais satisfeito com indicadores operacionais.”

Mais novidades


As modificações também melhoraram a forma de acesso ao TCP. “Estamos tornando o gate paperless, com mais linhas para entrada e saída por meio de um sistema mais novo e moderno. Você não precisa de um papel para acessar o nosso terminal. Está tudo dentro do nosso aplicativo, desenvolvido para os caminhoneiros. No fluxo de exportação, entram 800 caminhões por dia no TCP.”

Giovanni Souza: foco no atendimento ao cliente motivou novos investimentos. Foto: JB Litoral

Giovanni Souza explicou que outro atrativo apresentando aos clientes foram os novos serviços de cabotagem, em linha com os portos de Manaus e Salvador. Os dois serviços tiveram início em fevereiro. “Falando de Manaus e Salvador, você tem ali produtos diversos, que vão desde a carne que sobe para o Nordeste, o eletrônico que desce de Manaus para cá, você também tem papel e celulose. Tem inúmeros produtos que agora conseguem utilizar o TCP como seu porto ideal”, avalia.

O gerente comercial do TCP lembra que a cabotagem é um item muito estratégico, principalmente para a sustentabilidade. “Quando se fala em melhorar a infraestrutura do país, a cabotagem sempre está em pauta. Usando o TCP como exemplo, você tem uma ferrovia que pode ser usada com a cabotagem. São dois produtos sustentáveis.”A oferta começou no mês passado. “Os serviços de cabotagem já mostraram boa performance nos primeiros navios com uma boa perspectiva para o ano. O que posso dizer é que a cabotagem é um dos principais pilares do tecido de crescimento de volume deste ano”, finaliza Giovanni Souza.

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