Praças são alvos de furtos de placa de bronze e prefeitura não repõe identificação


Por Redação JB Litoral Publicado 02/04/2017 às 14h07 Atualizado 14/02/2024 às 20h40

Com diversas praças espalhadas na região central e nos principais bairros, Paranaguá observa a deterioração deste importante patrimônio de uso comum. Falta de limpeza e manutenção, má preservação de monumentos e obeliscos são alguns dos sinais encontrados em uma rápida observação feita em determinados locais. Porém, o furto de placas de bronze usadas na identificação de praças e monumentos é um problema que se tornou crônico há décadas, sem que a prefeitura invista na reposição ao longo dos anos.
 

Estado precário dos portais colocados na gestão de José Baka Filho

Principal praça da cidade, localizada na região do Centro Histórico e próxima a espaços como o Museu de Arqueologia e Etnologia, Aquário Marinho, Mercado do Café e Rodoviária, a Praça de Eventos “Prefeito Mário Roque”, é um dos exemplos da dilapidação e do descaso com o patrimônio histórico local. O que deveria ser o cartão de visitas do espaço, o chafariz “O Outono”, peça criada na mais importante fundição artística da França, está sucateada. Sem identificação, a peça é alvo constante de depredações. Poucos metros adiante é possível perceber o abandono do Palco Tutoia, sem as velas brancas que cobriam a estrutura metálica, que fica anexo à Praça Mário Roque. Inaugurado em 1999, resta apenas uma pequena placa de sua inauguração. Em outro espaço, um monumento que marca o centenário da elevação de Paranaguá à categoria de cidade, em 1942, passa quase despercebido. A recente troca de nome da praça, inclusive, gera confusão a moradores e turistas. Porém, não há nenhuma placa de identificação nominando o local.

Praça dos Leões, da Marinha e Bento Rocha

Ainda na região central, ao final da Rua General Carneiro, próximo ao Palacete Mathias Bohn, mais uma praça está sem identificação. O local é marcado pela presença de desocupados e moradores de rua. Uma pedra fundamental, sem as marcações de identificação, evidencia o desleixo com o espaço.

Praça do Bispo, pichação e identificação furtada

  Placa furtada e monumento abandonado  na praça diante da Colegial

Próximo ao Colegial Shopping, outra praça, que guarda importante riqueza histórica, já que a presença do Pelourinho destaca o passado escravocrata e colonial de Paranaguá, e também está sem identificação. Apesar da relevância, o local não possui nem sequer uma nominação, assim como a praça ao lado da residência oficial do bispo diocesano, que mais se notabiliza como um antro de moradores de rua do que um local de lazer e descanso.
 

Em frente à Estação Ferroviária, as Praças da Marinha e Bento Rocha também sofrem com a deterioração de monumentos e placas de identificação, que possivelmente foram furtadas e não repostas por parte da administração pública municipal.
 

Sem manutenção, depois de pichado por anos, placa de bronze de Bento Rocha sumiu

Até o busto e placas de bronze não escaparam na praça Fernando Amaro

Localizada no coração da cidade, a Praça Fernando Amaro, a qual homenageia um dos principais nomes da poesia parnanguara, tem todos os seus monumentos e obeliscos danificados pela ação de vândalos. Monumentos de identificação foram atingidos com a ação do tempo. Por fim, a Praça Eufrásio Correa, em frente ao Palácio São José, sede da prefeitura, e que foi alvo de polêmica durante a semana, depois que a Secretaria de Comunicação fez-se valer de uma pesquisa para saber o verdadeiro nome da praça. Porém, nesta pesquisa descobriu-se que a placa de identificação fora furtada e, até hoje, não foi reposta. Isto faz com que moradores e turistas sequer tenham conhecimento do nome e, tampouco, da construção da popularmente chamada “Praça dos Leões”. Além disto, a presença de desocupados inibe a visita das pessoas.

Prefeitura não responde

A reportagem do JB procurou a prefeitura para saber se as placas de identificação ausentes e/ou furtadas serão repostas nesta gestão. Porém, até o fechamento desta edição não houve resposta.