Prejuízo e ônibus vazio


Por Redação JB Litoral Publicado 16/05/2015 às 08h02 Atualizado 14/02/2024 às 07h44

Iniciativa extremamente válida do vereador Arnaldo Maranhão (PSB) e que ganhou a adesão imediata do empresário Ângelo Gulin Neto da Viação Rocio, em razão da proposta de fomentar o turismo, a Linha Turismo não emplacou e tem servido apenas para o desperdício de tempo e dinheiro com o ônibus percorrendo os 36 pontos da rota completamente vazio em Paranaguá. 

Desde abril, o JB deu início a um levantamento sobre o uso da Linha Turismo nos finais de semana das 9 às 16hs30 pela rota elaborada pela Fundação Municipal de Turismo (Fumtur) pelos atrativos turísticos. Os números obtidos, ainda não confirmados com a Viação Rocio, mostram que a Linha Turismo não se viabilizou e o alto custo de sua manutenção não gera sequer o pagamento de 10% do consumo de óleo diesel.

O principal motivo da inviabilidade desta boa iniciativa se deve ao sucateamento de alguns dos pontos turísticos incluídos no trajeto, aliado a falta de divulgação e a devida contrapartida por parte da prefeitura com a falta de manutenção dos pontos que estão em condições de serem visitados.
No sábado (9), o JB encerrou o levantamento e constatou que, das 9 às 16 horas, nenhum turista ou parnanguara pagou a tarifa de R$ 8 para conhecer os atrativos turísticos da Linha Turismo.

Vale destacar que seis ônibus de turismo estiveram na cidade neste dia e, um deles, estacionou ao lado do ponto de partida da Linha Turismo, enquanto outros dois a poucos metros, ao lado do Museu de Arqueologia e Etimologia (MAE). Outro ônibus estacionou ao lado do posto de informações turísticas da Praça do Líbano.
Desde o início do levantamento feito pelo JB até o sábado, foram registrados apenas dois turistas e uma família parnanguara, percorrendo o trajeto, ou seja, apenas quatro pessoas em 40 dias que renderam a arrecadação de R$ 36 no mês de abril.
No passeio que tem a duração de uma hora, o City Tour da Linha Turismo visita pontos turísticos como o porto Dom Pedro II e o Santuário Estadual Nossa Senhora do Rocio.

Pontos turísticos sem manutenção

No sábado pode-se observar que para ver a rota de número 4, o Aquário Marinho, o turista se depara com tapumes rasgados do que ainda será a obra de entorno do Mercado Municipal, que é o número 5 no trajeto. Na Rua da Praia, número 6 da rota, a situação caótica do casario diante do Rio Itiberê não serve de atrativo ao turista. Da mesma forma que em outro ponto de embarque, o Santuário do Rocio, onde o turista perceberia o denso matagal que se encontra em toda a extensão da Praça da Fé, número 18 da rota.
No ponto de embarque do número 23 da rota, a Estação Ferroviária, a visão ao turista é desmotivadora. O mesmo ocorrendo nos pontos 28, 29 e 24. Diante do estado em que se encontram estes pontos elencados, a necessidade de por fim a Linha Turismo se torna coerente na medida em que o objetivo proposto não está sendo alcançado.