Projeto da Ponte de Guaratuba entra na 2ª fase de estudo sobre os impactos ambientais


Por Publicado 05/01/2022 às 16h44 Atualizado 16/02/2024 às 23h10

A sonhada Ponte de Guaratuba pode finalmente começar a sair do papel. Idealizada pelo Governo do Estado como forma de integrar definitivamente as cidades praianas, a proposta entrou na segunda fase, após a conclusão e aprovação por parte do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR), no ano passado, do Estudo de Viabilidade Técnica Econômica e Ambiental (EVTEA).

Especialistas estão na região para elaborar o Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) e ações preliminares de engenharia para implantação do modal. Por necessitar que a análise seja feita em diferentes estações do ano, o prazo de conclusão é de 420 dias, com término previsto para setembro. Esse é o último passo antes da licitação dos projetos de engenharia e execução da obra.

O investimento apenas nesta etapa do projeto é de R$ 3.500.369,91. A ação integra o Programa Estratégico de Infraestrutura e Logística de Transportes do Paraná e conta com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Atualmente, a travessia entre Guaratuba e Matinhos é feita somente por ferry boat, com movimento estimado de 70 mil a 100 mil veículos por mês, número que salta para 200 mil na temporada de verão.

“Estou muito otimista com a Ponte de Guaratuba. Temos que vencer a burocracia para que nada atrapalhe este grande projeto. A certeza é que estamos dando todos os passos para resolver um problema antigo do litoral”, afirmou o governador que acrescentou falando que o orçamento está garantido. “O dinheiro está reservado, dentro do orçamento, é um compromisso. Mas tenho que esperar o estudo, porque se eu faço a licitação sem o estudo, o Ministério Público entra com processo e a obra para. Espero que esse ano a gente possa ter o projeto, e se tudo estiver adequado, com as licenças ambientais, colocar para rodar”, disse.

Ratinho Junior lembrou que, com o término da fase de estudos, uma forma de agilizar o início da construção seria a contratação da empreiteira responsável pela obra por meio do Regime Diferenciado de Contratações (RDC). O mecanismo criado pela Lei Federal nº 12.462/2011 permite, entre outras iniciativas, que a empresa vencedora da licitação possa elaborar os projetos básico e executivo, destravando a administração direta.

Ney Leprevost afirma que ponte é necessária

Eu uma carta aberta, publicada em uma rede social, o secretário da Justiça, Família e Trabalho, Ney Leprevost (PSD), criticou ONG’s ecológicas que tentam inviabilizar a construção do trajeto que ligaria Matinhos e Guaratuba. “Sei que vou desagradar os saudosistas dos tempos em que atravessar a baía de Guaratuba de ferry boat era programa familiar e, para alguns, até romântico. Eu mesmo, até gostava do passeio. Mas não dá mais. Já venho alertando há alguns anos: A população cresceu muito e as filas também. É necessário inovar. Precisamos avançar no caminho do desenvolvimento sustentável com respeito ambiental“, escreveu.

O gestor estadual também aproveitou para explicar que o avanço em infraestrutura não é inimigo da proteção ambiental e que é possível conciliar essas duas áreas. “Hoje existem soluções tecnológicas e de engenharia que muitas pessoas nem imaginam que são possíveis. Por isto, apoio 100% o governador Carlos Massa Ratinho Júnior na sua luta para conseguir construir a ponte em Guaratuba. Desde a gestão do Álvaro Dias (PODEMOS), toda vez que um governador do Paraná manifesta vontade de construir esta ponte, surge um grupo de ONG’s autointituladas defensoras do meio ambiente e criam os mais diversos entraves judiciais contra a tão sonhada obra“, seguiu Ney.

Em outro trecho, o deputado federal licenciado ainda diz que a Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) deve abrir uma Comissão Parlamentar de Inquerito (CPI) para investigar as organizações que se posicionam contra a construção. “Sugiro, como cidadão paranaense e frequentador ‘raíz’ de Guaratuba desde a infância, que a Assembleia Legislativa abra uma CPI para descobrir quais são as ONG’s que agem contra a construção desta obra que pouparia milhares de paranaenses de aturarem filas exaustivas e quilométricas. Quem são seus administradores? Quem financia estas ONG’s? Elas têm alguma ligação com Santa Catarina? São apoiadas por algum político? Recebem verbas públicas? Quais os seus reais interesses?“, conclui o político ao afirmar que deve ter “algo de muito errado por trás disto” e que tal situação precisa de investigação.